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Sem realizar prestação brilhante, o Benfica fez o suficiente para, em casa, garantir uma agradável vantagem de 2-0 perante o Trabzonspor, na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Com um pouco ma..." /> — ler mais..

Sem realizar prestação brilhante, o Benfica fez o suficiente para, em casa, garantir uma agradável vantagem de 2-0 perante o Trabzonspor, na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Com um pouco ma..." /> Benfica: a diferença de ter guarda-redes - Olhos de ver - Record

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Benfica: a diferença de ter guarda-redes

28 Julho, 2011 621 visualizações

Sem realizar prestação brilhante, o Benfica fez o suficiente para, em casa, garantir uma agradável vantagem de 2-0 perante o Trabzonspor, na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Com um pouco mais de sorte e com um árbitro competente, o resultado tinha sido ainda mais simpático. Significa isso que, não estando já garantida a qualificação, dificilmente as águias não alcançarão a derradeira ronda de acesso à “Champions”.

Jorge Jesus disse, na véspera do encontro, que não considerava o Benfica favorito. Não foi sincero, jogou demasiado à defesa quando, por norma, costuma ter um comportamento contrário (a época passada, por esta altura, apontava a equipa como uma das potenciais vencedoras da prova). É óbvio que estamos na fase inicial da temporada, os turcos estão longe de ser um conjunto banal, a preparação dos encarnados – devido a diversos motivos – não foi a adequada para quem (tão cedo) tinha pela frente uma eliminatória com esta importância, mas é por demais evidente que a formação portuguesa possui mais e melhores argumentos. Perder com este adversário será sempre possível, mas improvável.

Acredito que em Istambul a equipa turca seja mais ofensiva, que crie maior número de oportunidades. Porém, para que isso aconteça, terá de forçar o ataque, de abrir espaços na sua rectaguarda. Dessa forma, dificilmente não sofrerão golos, pois já se sabe que os benfiquistas sentem-se mais à vontade quando têm possibilidade de explorar “buracos” nas linhas atrasadas dos opositores.

Apostando – e bem – num onze com o mínino possível de aquisições, de forma a tentar dar mais rotinas à equipa, o Benfica não foi muito diferente da época passada. O único “pormenor” consideravelmente distinto é que, desta vez, jogou com guarda-redes, algo que raras vezes sucedeu na temporada passada, pois Jesus teimou em dar a titularidade a alguém que era tão bom, tão eficiente, que esta época – apesar de continuar a ser visto com enorme futuro pelo técnico- não cabe no plantel feito pelo seu confesso admirador.

Sem ignorar a estreia auspiciosa de Garay (bem a defender e a soltar a bola), nem a exibição muito conseguida de Luisão num momento delicado para ele, foi Artur quem, efectivamente, sobressaiu. O guardião não teve muito trabalho, mas nunca vacilou: entre os postes, fora deles, com as mãos e pés, no jogo aéreo ou junto à relva. Sempre que os turcos, quase sem saber como, apareceram em zona de finalização, o brasileiro fez a sua parte, conferindo uma serenidade suplementar (principalmente) ao quarteto defensivo, mas também ao resto do conjunto e até aos adeptos. Um guarda-redes de um clube de topo é… assim

Ninguém sabe se, no futuro, Artur não terá as suas jornadas menos conseguidas. Se jogar sempre, ou quase sempre, tenho a certeza que acabará por facilitar aqui e ali, a exemplo do que sucede com todos os “keepers” mundiais. No entanto, tenho a certeza, este não é Roberto. É muito, muito melhor. E mais baratinho…

PS – Sem esquecer a bonita execução de Nolito (parece talhado para ser a “arma secreta” de Jesus) no lance do 1-0, o remate vitorioso de Gaitán constituiu um hino ao futebol. Um golão para ver e rever.

PS – O Benfica começou a partida com um só português (Ruben Amorim) e do banco não saiu mais nenhum. Para muitos isto não é nada de especial, apenas o resultado da globalização do futebol que atinge outros emblemas nacionais e quase todos na Europa. Eu, confesso, não concordo com este regabofe, com este exagero. E no Benfica o caso torna-se ainda mais estranho, pois há pouco mais de três décadas o clube precisou do aval da Assembleia Geral para contratar o primeiro estrangeiro…