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Não há volta a dar. Depois da sensacional goleada (mais uma) do FC Porto, a final da Liga Europa, agendada para o próximo dia 18 de Maio, vai mesmo ser 100% portuguesa. Os dragões, a realizar uma ..." /> Dublin vai falar português - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Dublin vai falar português

29 Abril, 2011 437 visualizações

Não há volta a dar. Depois da sensacional goleada (mais uma) do FC Porto, a final da Liga Europa, agendada para o próximo dia 18 de Maio, vai mesmo ser 100% portuguesa. Os dragões, a realizar uma temporada sublime, já “carimbaram” o passaporte para Dublin, pois os espanhóis do Villarreal, pese terem uma dupla atacante de enorme qualidade (Nilmar e Rossi) nem por sombras serão capazes de marcar 4 ou mais golos à formação de André Villas-Boas. E se o fizessem, muito dificilmente também não veriam a sua rede violada. Hulk e Falcão jamais o permitiriam…

Agora, resta saber quem acompanhará os portistas na viagem até à simpática capital irlandesa. Após os embates da primeira mão das meias-finais, o Benfica está em vantagem (2-1), mas tendo em conta a magra vantagem, o Sporting de Braga acalenta legítimas esperanças de prolongar a sua tão impensável quanto justíssima caminhada europeia.

Em relação aos duelos de quinta-feira, creio que se pode dizer que ganharam as equipas favoritas. No entanto, confesso que não me parecia provável que os novos campeões nacionais voltassem a exibir um fulgor ofensivo de fazer inveja, de momento, a qualquer equipa europeia. O FC Porto está a jogar com tanta confiança que, em traços gerais, é indiferente não marcar na primeira parte, sofrer golos ou até arrancar em desvantagem. Quando o jogo termina… os azuis e brancos estão sempre com um sorriso nos lábios, enquanto do lado contrário surgem os adversários estupefactos com aquilo que lhes acontece. De cabeça, com os pés, na pequena área ou de longe, através dos goleadores-mor ou de futebolistas menos capacitados para a concretização, os golos aparecem de todas as formas e feitios. Por vezes, costuma dizer-se que as equipas andam em onda de azar e que, por muito que ataquem e rematem, a bola nunca entra. Os dragões, de momento, vivem uma fase contrário. Como dizia um amigo meu recentemente, só faltam marcar 2 golos num só remate…

A inspiração colectiva da formação nortenha é tão anormal que, por estes dias, ninguém repara (ou pelo menos assinala) no elevado número de golos sofridos nas últimas partidas. Mas, efectivamente, isso não passa de uma mera questão estatística. Que interessa estar a sua rede ser regularmente violada se, do lado contrário, entram quase sempre um mínimo de 3 golos?!

Na Luz, por estes dias, também mora uma equipa que merece ser estudada. O Benfica é capaz do melhor e do pior, de dominar ou ser vulgarizado. E o mais interessante é que ninguém consegue explicar, com total propriedade, as razões disso. Eu, como tanta gente, tenho algumas ideias sobre o assunto, mas nem perco tempo a tentar alinhavá-las. Jorge Jesus, esse sim, é que devia encontrar resposta para esta constante instabilidade. Porém, arrisco dizer que, para além da conversa de ocasião, nem o treinador consegue perceber o que se passa com um conjunto que sofreu golos nos últimos 15 compromissos, mas marcou nos derradeiros 34!

Em Braga, perante uma equipa com um espírito guerreiro acima da média, ao Benfica tudo poderá acontecer. As águias, é verdade, partem com ligeira vantagem, mas as suas oscilações não permitem fazer grandes prognósticos. Tudo dependerá da eficácia ofensiva, do acerto de uma defesa cada vez mais insegura, da capacidade de inventar um substituto à altura para Aimar e, talvez o mais importante, da quantidade (e da gravidade) dos deslizes do sempre imprevisível Roberto. Uma coisa me parece óbvia: o golo terá golos de ambas as equipas!

Em relação à final, e por muito que isso custe à rapaziada do FMI ou aos “verdadeiros” finlandeses, serão muitos os portugueses que irão invadir Dublin. Tristezas não pagam dívidas e o pessoal tem de andar animado para fazer frente à crise. Aliás, a deslocação de milhares de lusos deverá ser encarada como uma acção de solidariedade económica com a igualmente aflita Irlanda. Temos de ser uns pelos outros…