Patrício foi gigante
Não sou um fã incondicional de Rui Patrício. Mas, naturalmente, não tenho qualquer problema em elogiá-lo (ou a qualquer outro futebolista) quando joga bem. E nesta segunda-feira, no Funchal, no triunfo do Sporting perante o Marítimo (3-0), o guarda-redes leonino esteve simplesmente notável. Para quem não viu o jogo, um “score” tão desnivelado indicia uma partida fácil para os homens de Alvalade. Contudo, a realidade foi bastante diferente. Aliás, estou convicto que a equipa de Paulo Sérgio dificilmente deixaria os Barreiros com os 3 pontos no bolso caso, quando o “placard” assinalava apenas 1-0, Patrício não tivesse feito um punhado de defesas de enorme qualidade.
Se os golos de Zapater (agradável surpresa nesta altura da época) e Liedson é que, objectivamente, permitiram o sucesso verde e branco, considero que as intervenções de Rui Patrício foram tão ou mais decisivas.
Perante o actual cenário – e sabendo que o jovem guarda-redes já esteve no último Portugal-Espanha – não tenho dúvidas em dizer que Paulo Bento irá seleccioná-lo para o jogo de preparação contra a Argentina. Resta saber se apenas para suplente de Eduardo ou se mesmo para entrar de início. Entendo que o treinador pretenda dar confiança ao titular do Génova, mas tendo em conta as exibições recentes dos dois, se a decisão fosse minha… entrava Patrício. E com isto não estou a dizer que ele é melhor, apenas e só a sustentar que, de momento, atravessa um período mais sólido.