Lebron precisa de humildade
Não sei se LeBron James é o melhor basquetebolista mundial da actualidade. Entre ele e Kobe Bryant, sem desprimor para mais uma boa meia dúzia, as diferenças são mínimas. Ainda assim, se tivesse de eleger um, creio que optaria por Lebron. Em condições normais parece-me ser um pouco mais completo que o jogador dos Lakers e visivelmente mais forte do ponto de vista atlético. Mas, regressemos ao início, pois isso é pouco importante quando quero abordar a enésima demonstração de falta de fair-play por parte do líder dos Cleveland Cavaliers.
Depois de na época regular já ter estado pouco feliz ao resolver “bailar” no meio de um jogo contra os Bulls, agora, em duelo referente à ronda inaugural do “playoff” (Conferência Este), James teve um autêntico ataque de vedetismo quando, ao aprestar-se para regressar ao jogo no United Center, resolver humilhar um dos jovens que tem como missão recolher os fatos de treinos dos atletas que entram em campo. As imagens, que alguém colocou a circular no Youtube, não deixam dúvidas: LeBron não estava distraído, nem teve este atitude sem querer. É fácil perceber que o fez única e exclusivamente porque lhe apeteceu.
Naturalmente, muitos dos fiéis seguidores dos Bulls ficaram em polvorosa com o sucedido e já assumiram, em foruns da equipa e da imprensa local, que mesmo que o jogador equacionasse uma mudança para o Illinois (pouco provável, acrescente-se), tal acordo deveria ficar sem efeito porque esta não é a primeira vez que James revela falta de respeito para com os “touros”. Aliás, as suas “pegas” com Joakim Noah – o coração da equipa de Chicago – foram públicas e os adeptos não desejam que o clube possa “trair” quem soube avançar, mais que uma vez, para defender a honra da organização.
Uma coisa é certa: até à data, LeBron é só um dos melhores jogadores da história, mas ainda não tem um anel de campeão em casa. E mesmo que o(s) consiga, não será com atitudes como estas que ficará mais famoso ou que será mais respeitado. Bem pelo contrário.
