Texto publicado na versão impressa de Record e Record Premium de 20 de agosto de 2015
Apesar de ter sido o único dos três grandes que nada ganhou a época passada, o FC Porto teve um defeso calmo e Lopetegui seguiu sem contestação de maior dos adeptos. O lastro de Pinto da Costa é grande e o facto de ter feito de um clube regional um dos mais temidos do País leva a que as suas apostas tenham mais tempo do que as outras.
A somar à ausência de vitórias, o FC Porto perdeu mais de meia equipa titular. Alguns jogadores porque as propostas foram irrecusáveis: Danilo, Alex Sandro e Jackson. Outros porque eram emprestados: Casemiro e Óliver. E ainda os que deixaram de ser opção do técnico: Fabiano e Quaresma. Sete titulares disseram adeus ao Dragão. Isso devia preocupar estrutura e adeptos. Não que o clube não se tenha precavido, há quem diga que até está mais forte, mas porque o treinador espanhol se vê obrigado a reconstruir o onze e sabe-se como se viu às aranhas para fazê-lo a temporada passada.
Guerra entre Benfica e Sporting é apreciada no Dragão. Passa entre os pingos da chuva…
A guerra Benfica-Sporting é hoje fantástica para os portistas. Quase não se fala do FC Porto. Parece quase outsider na lupa pelo título e prepara-se sem pressão, quando foi até quem mais investiu para 2015/16. Em Lisboa são sms's, processos, trocas de acusações e imensos malabarismos. No Porto trabalha-se à sombra de um recato que só pode ajudar a equipa. Crescer assim é tão mais fácil.
Como se viu na estreia frente ao Vitória de Guimarães, o FC Porto não vai ser figurante na liga. É verdade que há questões por resolver, como a lateral esquerda, mas até Aboubakar parece apostado em fazer esquecer o craque Jackson. É bom que Vieira e Bruno ultrapassem o tema Jesus. Sob pena de serem eles ultrapassados e sem perceberem como.
