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Lado B

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Serão todos incompetentes?

12 Setembro, 2014 713 visualizações

Esperavam-se dificuldades e as más exibições no Brasil não deixavam antever nada de brilhante no regresso da Seleção Nacional, que para além da renovação a que está obrigada, ainda perdeu Cristiano Ronaldo. Mas daí a ser derrotada pela Albânia vai uma grande distância. Para conseguir perder com uma equipa assim é, de facto, preciso ser muito incompetente. De Paulo Bento a Éder, passando por todo o grupo. Mas o técnico tem de encontrar rapidamente um novo caminho.

Após uma estranha digestão pública do que levou ao falhanço no Mundial, que deu para as conferências de imprensa mais ridículas e levou a conclusões pouco diferentes, o problema que se coloca à Seleção é muito mais grave. E não tem a ver só com o apuramento, que com maior ou menor dificuldade, ainda chegará. Interessa olhar para os valores que temos hoje à nossa disposição e tentar perceber que após uma geração de ouro e outra que em nada lhe ficou atrás, provavelmente arriscamos passar uma travessia do deserto como as que já afetaram outros países que dão cartas no futebol mundial. Sim, Ronaldo disfarça muita coisa, mas a sua ausência chega a ser benéfica para se perceber o que é o onze da equipa portuguesa. À exceção de Fábio Coentrão e Pepe não havia ontem em Aveiro mais nenhum jogador titular de uma grande equipa europeia. E o problema não é a formação, em que os clubes continuam a apostar. É a ausência de oportunidades dada aos melhores nos clubes portugueses e a incapacidade federativa em lidar com um problema que se pode tornar inultrapassável, pelo menos a curto prazo.

Claro que há uma solução rápida para a crise. Correr com Paulo Bento. A questão que fica é: se ele for o único problema, será então o único incompetente?

Texto publicado na versão impressa de Record na segunda-feira, 8 de setembro de 2014