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O jogo da Seleção Nacional surge numa data em que não dá jeito a ninguém, a não ser aos espectadores, que de férias no Algarve bem agradecem um programinha destes. É problema por cá e lá fora, para..." /> — ler mais..

O jogo da Seleção Nacional surge numa data em que não dá jeito a ninguém, a não ser aos espectadores, que de férias no Algarve bem agradecem um programinha destes. É problema por cá e lá fora, para..." /> Coisas improváveis - Lado B - Record

Lado B

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Coisas improváveis

16 Agosto, 2012 777 visualizações

O jogo da Seleção Nacional surge numa data em que não dá jeito a ninguém, a não ser aos espectadores, que de férias no Algarve bem agradecem um programinha destes. É problema por cá e lá fora, para técnicos e jogadores. Os primeiros, os dos clubes, perdem os craques quando mais precisam deles para trabalhar e preparar a época que está à porta. A azia é muita, mas a FIFA é quem mais ordena. Vão mandando umas bocas aos selecionadores, na esperança de que estes não puxem de mais pelos seus miúdos. Afinal, pouco mais podem fazer porque muito do futebol mundial é decidido sem que a sua classe seja ouvida.

Já os treinadores das equipas nacionais vivem problemas semelhantes. É sempre bom ter o grupo à disposição, mas com tão pouca vontade de jogar e com mais medo de uma qualquer mazela, a esperança na qualidade do trabalho a desenvolver é quase nula. Quem se ri de tudo isto são os patrocinadores e dirigentes, que veem na coisa apenas mais uma oportunidade para faturar, não facilitando sequer as leis para que todos possam jogar. Éo autismo de quem manda. FIFA rules!

Garay merece na edição de hoje de Record os maiores elogios de Alejandro Sabella, selecionador argentino. Normal por se tratar de um jogador muito acima da média, aposta inteligente da SAD benfiquista, que encontrou em boa hora o melhor companheiro para Luisão. Dramática para os encarnados nesta altura a hipótese de castigo ao capitão, elemento nevrálgico no centro da defesa, mas cuja influência se estende a todos os sectores, como verdadeiro pilar da equipa.

Na altura fiquei chocado com a falta de humildade e comportamento de treinador e estrutura encarnada, que se iam rindo do ocorrido no relvado em Dusseldorf, sem perceberem os custos que podia ter a soberba que exibem em território nacional. A bem do Benfica, do futebol português e do próprio Luisão, que nesta altura deve estar bem arrependido, espero que o brasileiro não sofra um castigo exemplar. Se acontecer, para além de agradecer a si próprio, o central deverá também entender que os que o rodeiam ajudaram muito. Negar o inegável nunca é boa ideia.

Em Alvalade, com a Liga à porta, Sá Pinto procura montar uma equipa em que os sportinguistas acreditem. O que se viu na pré-época não foi muito animador. Meio-campo com dificuldades de construção e um ataque pouco produtivo perante adversários que estavam longe de assustar. É verdade que o Sporting foi muitas vezes campeão do defeso e depois terminou a liga de rastos. A fórmula mágica que contrarie esta realidade é a busca do técnico. Não vai ser fácil. Mas já se viram coisas mais difíceis no reino do leão.

Texto publicado na versão impressa de Record de quarta-feira, 15 de agosto de 2012