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Costumo dizê-lo quando à conversa com o meu pai, meio a sério, meio a brincar, que uma das vantagens de trabalhar num jornal desportivo é não ter de assistir de tão perto à degradação de moral e va..." /> Servilismo não! - Lado B - Record

Lado B

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Servilismo não!

11 Fevereiro, 2012 850 visualizações

Costumo dizê-lo quando à conversa com o meu pai, meio a sério, meio a brincar, que uma das vantagens de trabalhar num jornal desportivo é não ter de assistir de tão perto à degradação de moral e valores de um País que me diz muito e cujas lideranças tão mal têm tratado. Sim, nos jornais generalistas há mais Mundo, mais temas, maior diversidade diária, mas sectores como política e economia, para não falar da degradação da sociedade, tornar-se-iam complicados de gerir quando alguns dos implicados fazem tanta pele de galinha. No desporto, por muito que se goste de Benfica, Sporting ou FC Porto, de futebol ou hóquei em patins, com maior ou menor dificuldade, tudo não passa de um jogo.  Com um papel importante nas nossas vidas, nalgumas até demasiado, capaz de despertar paixões assolapadas, mas se colocado no devido lugar, incapaz de substituir o sorriso do bebé quando chego a casa.

Então o futebol é melhor do que o País? Claro que não. Apenas um espelho, com gente tão limpa ou corrupta como nas restantes actividades. E sabe-se como Portugal é hoje um local de esquemas e compadrios. Ainda assim, o impacto das medidas de um dirigente de clube pouco sério é sempre menor do que a de um político, jurista ou detentor de um cargo capaz de afectar todos os portugueses. E são muitos, infelizmente.

Há algo em que o futebol português é infinitamente mais interessante, digno, até valente. Joga para ganhar. Ao contrário do que acontece com os nossos políticos atuais, capazes das figuras mais tristes perante os congéneres alemães, mas incapazes de assumirem que Portugal ainda é uma nação soberana, onde se deviam tomar decisões a bem dos que cá vivem. Pode-se jogar à defesa, pode-se até acabar goleado. Mas de cabeça levantada, diz-se não ao servilismo.