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Nós portugueses estamos pouco habituados a isto de não poder dar sequer um passinho em falso Quando Paulo Bento pegou na Seleção Nacional, esta tinha feito dois jogos e conquistado um ponto. Uma de..." /> A pressão de não poder falhar - Lado B - Record

Lado B

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A pressão de não poder falhar

8 Outubro, 2011 839 visualizações

Nós portugueses estamos pouco habituados a isto de não poder dar sequer um passinho em falso

Quando Paulo Bento pegou na Seleção Nacional, esta tinha feito dois jogos e conquistado um ponto. Uma derrota por 1-0 com a Noruega e um empate (4-4) com o Chipre. Daí para cá segue com 15 pontos conquistados em 5 jogos, ou seja 5 vitórias, como o selecionador fez questão de frisar no final do duelo no Dragão. Uma caminhada brilhante, é um facto, mas nem sempre acompanhada por grandes exibições. Porque não há jogadores para mais?Não. Acredito que lidamos mal, nós portugueses, com aquilo a que esta seleção tem estado submetida desde que Bento entrou: a pressão de não poder falhar por um momento que seja. Porque o início foi desastroso e a herança complicada, mas também porque Dinamarca e Noruega não facilitaram, obrigando Portugal a somar triunfos nos confrontos até agora disputados.

A ausência de jogadores nucleares num momento tão delicado não ajuda a semelhante empresa. E aqui há dois que se destacam a grande distância:Fábio Coentrão e Pepe. Não que Danny, Bosingwa ou Hugo Almeida não sejam bons, ou muito bons, mas nesses lugares há, por exemplo, Quaresma, João Pereira ou Nuno Gomes, que dão soluções. Problema é ver Rolando no lugar do central do Real Madrid, ficando depois o portista na fotografia dos três golos sofridos ontem. Já Coentrão teve em Eliseu um suplente bem mais recomendável, sendo até um dos homens do jogo, só que o esquerdino que protagonizou a transferência mais badalada do defeso para Madrid traz mais coisas. Uma capacidade de desequilíbrio ao meio-campo que Mourinho tão bem aproveita e de que Bento deve ter saudades, triangulações mortais com Cristiano Ronaldo, uma fantasia acima da média, a mesma que deixou a Liga portuguesa de boca aberta nas duas últimas épocas. E ficar sem eles na hora da verdade é duro para qualquer equipa.

A Portugal basta um ponto para garantir a presença no Euro’2012. Mas um ponto que será bem difícil de conquistar, porque fora, em casa do grande rival no grupo. Pede-se cabeça fria, maior acerto defensivo e magia a Ronaldo e Nani. Portugal merece. E Bento e os jogadores também.