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A ENTREVISTA DE FERNANDO COUTO É UM BOM GUIA PARA OS DESERTORES. RECENTES E MAIS ANTIGOS. SIM, O PAÍS MERECE MAIS. Em entrevista hoje a Record, Fernando Couto tem uma frase lapidar: “O jogador deve..." /> Há quem goste de Portugal - Lado B - Record

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Há quem goste de Portugal

7 Outubro, 2011 905 visualizações

A ENTREVISTA DE FERNANDO COUTO É UM BOM GUIA PARA OS DESERTORES. RECENTES E MAIS ANTIGOS. SIM, O PAÍS MERECE MAIS.

Em entrevista hoje a Record, Fernando Couto tem uma frase lapidar: “O jogador deve estar sempre disponível para a Seleção.” Sintomática nos tempos que correm e mensagem cheia de significado para Ricardo Carvalho e outros, que aproveitaram a bagunça da era Queiroz para dizer adeus à equipa que deveria ser de todos, mas que alguns fazem frete em representar.

Couto sabe do que fala. Se tivesse um comportamento à Carvalho no Euro’2004, no dia em que o hoje jogador do Real Madrid o substituiu na equipa de Scolari, após a primeira derrota com a Grécia, viria embora à revelia de tudo e todos. Portugal ficaria com um jogador a menos na competição. Não o fez, claro. É um homem.

Temos uma certa tendência para nos autoflagelar mesmo quando as coisas correm bem. É um pouco o que está a acontecer com a Seleção. Passámos das vergonhas com Queiroz a 4 vitórias consecutivas. Não chega. É mais importante saber porque não vem Bosingwa, onde pára Danny ou ver fantasmas nas lesões de Coentrão e Pepe. Há, de facto, muitas ausências importantes hoje no Dragão. Mas os jogadores sabem que são eles quem mais perde com a ausência do Euro’2012. E mesmo que seja por isso e menos por amor ao país, não haverá quem não deseje uma vitória da Seleção no grupo às ordens de Bento.

Num momento em que atravessamos uma enorme crise de confiança e em que vemos desinvestimento em pilares cruciais como a Saúde ou a Educação, vivendo sob ordens de uma troika que se pode preocupar com muitas coisas, com pessoas é que não, uma vitória da Seleção seria agradável. Fraco paliativo para as maldades a que somos sujeitos, é verdade, mas ainda assim merecemos sorrir.

Nas centrais do Record pode ler também um trabalho com os três “portugueses” do futsal do CSKA. Também ali uma frase a reter:_“O dinheiro compensa o sacrifício.” Emigrar foi uma das poucas saídas de um Portugal miserabilista e sem rumo, no tempo dos nossos pais e dos nossos avós. Volta a ser dos poucos motivos de esperança dos nossos jovens. Sair de um país que pouco mais do que sol tem lhes para oferecer.