Triste Taça da Liga
Há meses, quando foi anunciado o renascimento da Taça da Honra de Lisboa, fiquei satisfeito. Recordei as edições que vi nos estádios quando era miúdo, no início da década de 80, e imaginei que voltaríamos a ter jornadas como essas. A competição marcava o regresso do futebol e era a primeira oportunidade para ver os reforços. Ia muita gente ao futebol e era uma festa.
Quando vi a foto dos dirigentes dos quatro clubes, depois de assinarem o protocolo, pensei que ia voltar a ver jogos com a tal atmosfera dos 80's. Pura ilusão. Os dois grandes de Lisboa levaram equipas secundárias e o dérbi não teve a emoção dos verdadeiros clássicos.
Não percebo esta opção. Se a Taça de Honra estava marcada há meses, com estas datas fixadas, por que motivo não programaram a pré-época de outra forma? Ou se não concordavam com esta data, por que razão não o demonstraram nessa altura? Disputar esta prova com as equipas B, reforçadas com os tais oito jogadores que alinharam pelos A na época passada, parece-me uma falta de respeito para com os adeptos.
No final do dérbi ainda assistimos a algo estranho. Do lado do Sporting falou foi Abel, o treinador da equipa B, e quem esteve no banco. Do lado do Benfica esteve Jorge Jesus no banco mas falou Hélder, técnico da equipa secundária.
Vi apenas o primeiro jogo e gostei do Estoril, no qual quase nem se notou as ausências dos craques que partiram. O 3-0 ao Belenenses foi justo mas pesado para os azuis, equipa com menos 15 dias de trabalho.
Como só vi alguns bocados do 2.º jogo não vou fazer comentários mas quem pensou que o Benfica ia golear por utilizar Rodrigo, Ola John e mais alguns jogadores do plantel principal, enganou-se redondamente.
