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Os livros sobre a história do futebol mundial estão repletos de goleadas. E se as equipas mais fortes aparecem quase sempre do lado certo desses embates atípicos, de vez a vez lá lhes calha estar..." /> A maior humilhação da história do futebol - Olhos de ver - Record

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A maior humilhação da história do futebol

9 Julho, 2014 996 visualizações

Os livros sobre a história do futebol mundial estão repletos de goleadas. E se as equipas mais fortes aparecem quase sempre do lado certo desses embates atípicos, de vez a vez lá lhes calha estar na posição indesejável. Mas, convenhamos, existem formações, de clube ou selecção, que não estão talhadas para ser notícia na qualidade de “bombo da festa”. O Brasil era assim. Mas já não é. O dia 8 de Julho de 2014 ficará registado para sempre como a data em que o poderoso “escrete” sofreu uma derrota ímpar. A mais dolorosa da sua longa e rica história. O pior é que aconteceu a jogar em casa, numa meia-final do Campeonato do Mundo que os brasileiros tinham antecipadamente interiorizado que não lhes escaparia.

Ninguém, nem o mais convicto adepto germânico, alguma vez pensou que a Alemanha seria capaz de ganhar por 7-1 ao Brasil… e no Brasil!. Visto de outro ângulo, nem o mais  pessimista dos brasileiros conseguiria sonhar com uma derrota tão pesada. Mas, a verdade é que o impossível transformou-se em realidade. E se o desfecho final não tem explicação, os 5-0 ao intervalo são surreais. A sequência de quatro golos em seis minutos é algo que nenhum dos espectadores desta partida – “in loco” ou via televisão – vai esquecer.

O Brasil, é justo dizer, nunca convenceu neste Mundial. Os empates com o México e o Chile confirmam-no, assim como a vitória com “empurrãozinho” diante da Croácia. Perante os débeis Camarões e a Colômbia desfalcada (mostrou bom futebol na prova, mas só estaria mesmo “no ponto” com Falcão) jogaram melhor, mas nunca o suficiente para galvanizar quem espera sempre uma selecção brasileira de alto nível técnico. Mas, não convencer é uma coisa, apanhar um correctivo tão forte da Alemanha é outra. Bem diferente. Jogadores e equipa técnica vão ficar na história não por terem perdido um Mundial a jogar em casa- como sucedeu em 1950 – mas por sofrer uma derrota que jamais terá explicação ou será esquecida. Enquanto forem vivos… todos os dias alguém os fará recordar este pesadelo.

A copiosa derrota do Brasil, ainda por cima diante uma equipa que “espetou” 4-0 a Portugal (e que não sendo muito espectacular é de uma eficiência tipicamente germânica), não faz com que a participação da Selecção Nacional possa ser branqueada. Mas, com toda a sinceridade, se pudesse escolher, preferia aquilo que nos aconteceu – eliminação na fase de grupos atrás… dos Estados Unidos – a estar no lugar dos brasileiros. Se perder uma final do Europeu a jogar diante do seu púnlico, perante a vulgar Grécia, é algo que jamais irei conseguir digerir completamente, imagino o que será ser enxovalhado por 7-1, em casa, numa meia-final do Mundial. Para mim esta é, sem discussão, a maior humilhação da história do futebol.

PS – Com Thiago Silva e Neymar, claro está, o Brasil teria sido mais forte. Mas, pela forma como correu a partida, alguém pode afirmar com convicção que, com esses dois reforços, o desfecho seria muito diferente?