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A última inovação leonina

4 Janeiro, 2013 687 visualizações

Depois de Jesualdo Ferreira ter sido apresentado por Godinho Lopes como “o treinador dos treinadores” – o anúncio oficial do cargo de “manager” serviu apenas para o ex-técnico de Benfica e FC Porto não tomar conta de imediato de uma equipa em cacos, sofrendo um natural desgaste que o poderia fragilizar tendo em conta a próxima temporada -, agora é  a vez de Rui Patrício passar a capitão de todo o futebol do Sporting, enquanto Schaars e Rinaudo serão “apenas” capitães da equipa principal. Por mais que pense que em Alvalade já aconteceu de tudo, há sempre mais uma cartada, uma derradeira inovação que me deixa atónito e com vontade de fazer, pela enésima vez, a mesma pergunta: qual é a ideia?!

Admito que o guarda-redes tem sido, nos últimos tempos, o melhor futebolista leonino. Patrício será também, muito provavelmente, o melhor activo que a SAD possui. Contudo, como facilmente se percebe face à paupérrima carreira desportiva do clube, o seu passe tem vindo a desvalorizar. Culpa dele? Não, nem um pouco, mas é impossível escapar ileso à sequência de resultados impensáveis. Adiante: entendo, por todas e mais algumas razões, que os responsáveis leoninos pretendam sublinhar o que o guardião tem feito pelo clube e que, com esta decisão, procurem dar-lhe um estatuto diferente, sensibilizando-o para permanecer em Alvalade mais algum tempo, pelo menos enquanto a tempestade não acalmar.

Mas, independentemente de tudo isso, que raio significa ser capitão de todo o futebol do Sporting quando, na prática, na única formação em que alinha, não vai ostentar a braçadeira devido ao facto de estar na baliza? Patrício vai passar a dar palestras aos mais novos, ser obrigado a acompanhar o futebol de formação, escolher para que lado a equipa de juniores ataca na primeira parte ou passará a representar todos os jovens futebolistas junto do clube e da SAD? Não se percebe.

Bom, bem vistas as coisas, esta decisão de difícil entendimento é tão atípica quanto a de anunciar, com toda a pompa, que o clube não tinha um capitão… mas sim cinco. Já faz parte do passado, é certo, mas essa outra raridade só aconteceu há alguns meses. E independentemente das ideias de Jesualdo, tinha de ser alvo de uma qualquer reestruturação, pois Carriço já se foi embora e Elias só aguarda a oficialização do adeus.

O Sporting, que caminha a passos largos para conhecer a pior temporada da sua história, continua sem destino certo, com decisões avulsas, algumas das quais sem qualquer impacto no rendimento dos futebolistas, como aquela de proibir (ou limitar) a actividade dos seus profissionais nas redes sociais. Antigamente, o “blackout” era o remédio para todos os problemas, agora parece que a solução passa por cercear a liberdade individual. Seria bom que a recuperação desportiva ou financeira fosse assim tão simples. Só que todos sabemos que não é. Estas medidas, sem enquadramento adequado, servem apenas para dar uma ideia de organização, disciplina e rigor que, na prática, não existem. Basta ver, por exemplo, a forma como Insúa conseguiu, com um acto tão absurdo quanto reprovável, prejudicar a equipa ou constatar quem é a equipa com mais cartões na Liga…