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Olhos de ver

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Copenhaga confirmou maus indícios…

12 Outubro, 2011 599 visualizações

No artigo que aqui publiquei antes deste – e a pedido de vários visitantes do blog – optei por ser optimista em relação à deslocação de Portugal à Dinamarca. Bom, não foi só para satisfazer aqueles que consideram a minha escrita algo negativa, pois pura e simplesmente acreditava que a Selecção Nacional, mesmo que repetisse uma prestação acinzentada, iria sair de Copenhaga com pelo menos 1 ponto, o suficiente para assegurar a presença na fase final do Europeu do próximo ano. Enganei-me.

Enquanto escrevo estas linhas revejo pela enésima vez os lances principais da partida com a Dinamarca e confesso ter dificuldade em perceber como foi possível uma equipa de topo entrar tão mal num jogo decisivo. Portugal jogava para dois resultados possíveis, enquanto os locais tinham de ganhar. Em condições normais, deveria ser a rapaziada loura a entrar nervosa, a acusar a necessidade de marcar golos, a desguarnecer o seu meio-campo e com isso a oferecer-nos espaços para, como tanto gostam os nossos futebolistas, contra-atacar. Enganei-me.

Por mais estranho que possa parecer, o resultado acabou por ser o melhor que nos aconteceu na capital dinamarquesa. Sim, mesmo sem terem encantado, os homens da casa fizeram o suficiente para marcar mais 1, 2 ou 3 golos. Bastava Rui Patrício não ter estado tão inspirado e o “score” podia ter sido humilhante. Pensava que Portugal, por estes dias, já não era capaz de sofrer “encostos” tão evidentes. Enganei-me.

Vou voltar ao artigo anterior. Acabava assim:

“Num momento tão positivo para a Selecção, não vou ser eu a ser negativo. Sim, não serei eu, em vésperas de um duelo tão fulcral, a falar dos 3 golos sofridos em casa contra a frágil Islândia; a apontar a inconsistência defensiva de um grupo em que face às opões iniciais só se mantém (de momento) João Pereira; a referir que algumas das segundas unidades estão a léguas da qualidade dos habituais titulares; a dizer que convocar tantos jogadores pouco 'rodados' nos seus clubes tem de retirar 'andamento' ao conjunto; a relembrar as estranhas deserções de elementos essenciais (não foi só no consulado de Queiroz que elas aconteceram); a salientar o escasso rendimento de Ronaldo em comparação com o que consegue no Real Madrid; a lamentar o 'caso Ricardo Carvalho' ou a dar importância ao facto de o ciclo de vitórias não ser acompanhado de exibições seguras e convincentes. Isso é tarefa para quem só gosta de criticar, de quem é negativo…”

Infelizmente, não me enganei ao chamar a atenção para determinados pontos.

Mas, sem qualquer ironia, Portugal continua a ter todas as condições para seguir em frente. Eliminar num “playoff”, cuja segunda mão será em casa, Turquia, Bósnia, Montenegro ou Estónia é o mínimo que se pode pedir a uma selecção que quer estar entre os melhores, sempre com os olhos postos nos lugares cimeiros. Se não revelarmos capacidade suficiente para afastar o país que nos calhar em sorte, o melhor é mesmo não irmos à fase final, pois estas quatro selecções (sendo a Turquia a mais perigosa e a Estónia uma autêntica “pera doce”) não têm rigorosamente nada a ver com Espanha, Alemanha, Holanda, Itália, Inglaterra ou França… Assim sendo, com mais ou menor susto, creio que acabaremos mesmo por ver a Selecção Nacional no Euro'2012. Convém é assumir, desde o primeiro instante, que somos favoritos. Espero não me enganar!

PS – Aprecio o trabalho de Paulo Bento e não tenho dúvidas nenhumas em colar o seu nome à recuperação que a Seleção conseguiu fazer depois de um péssimo arranque na fase de qualificação. Mas, em Copenhaga, não gostei da forma como geriu o conjunto. Para mim, mexeu demasiado tarde na equipa, demorou a trocar Postiga por Nuno Gomes e deu sempre a ideia de estar à espera que algo acontecesse como que por obra do acaso (o golo de Ronaldo até entra nesta categoria, mas surgiu “fora de horas”). Se o resultado estivesse em 0-0 até seria uma postura aceitável, mas em desvantagem a partir do 13.º minuto era necessário fazer algo mais cedo.