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Entre os habituais visitantes deste blog há quem defenda que tenho uma queda muito particular para ser crítico, para apontar os defeitos em vez de salientar as virtudes. Assumo que, aqui e ali, tê..." /> A caminho do Europeu - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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A caminho do Europeu

9 Outubro, 2011 564 visualizações

Entre os habituais visitantes deste blog há quem defenda que tenho uma queda muito particular para ser crítico, para apontar os defeitos em vez de salientar as virtudes. Assumo que, aqui e ali, têm mesmo razão. Mas, ao contrário do possa parecer, faço-o de forma consciente, acreditando que é através da discussão salutar, apontando erros e sugerindo soluções, que podemos contribuir para a resolução dos problemas/dificuldades que, em tantos casos, obstam a que tudo funcione na maior das tranquilidades. Mas, prometo, vou tentar ser mais positivo. Só preciso que o Mundo, o do desporto e não só, me ajude nessa tarefa…

Portugal está a um pequeno passo da fase final do Campeonato da Europa do próximo ano. Basta empatar na Dinamarca e o “visto” é automaticamente carimbado. Tendo em conta a forma como começámos a qualificação, é justo, por agora, saborear este feito. Aquilo que, de repente, parecia impossível, passou a ser uma missão relativamente tranquila.

Alguém disse um dia que são os jogadores que fazem os treinadores. Não levo a tese muito à letra, mas aceito que tem algum fundo de verdade. Os técnicos podem ser os melhores do planeta, mas se os artistas, dentro do campo, não cumprirem com a sua parte… nada feito. O contrário, porém, também se aplica. Se as directrizes não forem as mais adequadas, até um plantel recheado de estrelas pode parecer vulgar.

Com Queiroz – a quem continuo a reconhecer qualidade embora seja politicamente correcto dizer que não passa de um incompetente que se incompatibiliza com toda a gente -, depois do Mundial, nada funcionava. Por culpa própria… e não só. Madaíl fez bem em proceder a alterações e, pelos vistos, acertou em cheio com a contratação de Paulo Bento.

Resumidamente, com o ex-técnico leonino, regressou a serenidade ao grupo. A pressão exterior diminuiu, os futebolistas voltaram a ter vontade de vencer e, mais importante, os resultados começaram a aparecer. Nunca um seleccionador tinha começado com cinco vitórias seguidas em compromissos oficiais e jamais tínhamos tido três embates seguidos “a sério” com um mínimo de 4 golos apontados. Olhando para estes dados, só tenho de acrescentar que, na Dinamarca, com maior ou menor facilidade, acabaremos por assegurar a qualificação. Até porque, efectivamente, somos mais fortes que o adversário.

Num momento tão positivo para a Selecção, não vou ser eu a ser negativo. Sim, não serei eu, em vésperas de um duelo tão fulcral, a falar dos 3 golos sofridos em casa contra a frágil Islândia; a apontar a inconsistência defensiva de um grupo em que face às opões iniciais só se mantém (de momento) João Pereira; a referir que algumas das segundas unidades estão a léguas da qualidade dos habituais titulares; a dizer que convocar tantos jogadores pouco “rodados” nos seus clubes tem de retirar “andamento” ao conjunto; a relembrar as estranhas deserções de elementos essenciais (não foi só no consulado de Queiroz que elas aconteceram); a salientar o escasso rendimento de Ronaldo em comparação com o que consegue no Real Madrid; a lamentar o “caso Ricardo Carvalho” ou a dar importância ao facto de o ciclo de vitórias não ser acompanhado de exibições seguras e convincentes. Isso é tarefa para quem só gosta de criticar, de quem é negativo…