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A Copa América ainda não acabou. Nem sequer se disputaram as meias-finais. Porém, contra todas as previsões, os super-favoritos Argentina e Brasil já estão fora da corrida. Parece mentira, mas é v..." /> A vergonha de Argentina e Brasil - Olhos de ver - Record

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A vergonha de Argentina e Brasil

19 Julho, 2011 636 visualizações

A Copa América ainda não acabou. Nem sequer se disputaram as meias-finais. Porém, contra todas as previsões, os super-favoritos Argentina e Brasil já estão fora da corrida. Parece mentira, mas é verdade. Bom, para quem seguiu a competição desde a jornada inaugural, se há algo que surpreende, então talvez seja o facto das duas grandes potências sul-americanas terem conseguido sobreviver à fase inicial. É que tirando alguns momentos de inspiração quase sempre individual, argentinos e brasileiros jamais jogaram ao nível que se lhes exige. E quando isso sucede, o mais normal é os resultados serem maus.

Depois de terem ficado longe dos objectivos no Mundial da África do Sul, o ano passado, os colossos da América do Sul tinham no seu torneio regional uma ocasião soberana para recuperar a confiança e assumirem-secomo duas das formações mais fortes do planeta. A Argentina, a jogar em casa, não podia desejar um cenário mais favorável. Mas, após quatro exibições sofríveis, as duas equipas mais não fizeram do que provocar uma profunda depressão nos seus fiéis seguidores.

É evidente que ninguém consegue explicar, ao detalhe, as razões do insucesso, nem tão pouco enumerar as coisas que correram mal, pois foram mais que muitas. E se é justo dizer que ambas as nações podiam, perfeitamente, ter ganho os duelos dos quartos-de-final, assim como os outros em que tropeçaram logo na primeira ronda da fase de grupos, tentar resumir tudo à falta de sorte é apenas procurar escamotear o óbvio: Argentina e Brasil foram (por culpa própria) uma enorme desilusão.

Não vou dizer que as estrelas das duas nações ficaram insensíveis aos desaires. Isso, pura e simplesmente, é algo que não existe. Quem anda lá dentro quer sempre ganhar. Mas, sejamos realistas,  a maioria dos jogadores não se aplicaram ao máximo. Para quem já joga na Europa, nos melhores clubes do Mundo – auferindo somas astronómicas -, a Copa América é uma competição que não motiva por aí além. Está a léguas do Mundial, conta com presenças por convite e até com conjuntos Sub-23! Ainda por cima trata-se de uma prova que impede as férias normais; a presença no arranque dos trabalhos da nova temporada nos respetivos clubes e, em muitos casos, a disponibilidade mental necessária para estudar convites com vista a mudar de ares.

Mesmo sem uma valia técnica próxima, foram os países  menos cotados quem mais lutou pelo sucesso na prova. O desejo de chegar a patamares raros e a hipótese de saltar para o estrelato tem animado muitos futebolistas de segunda e terceiras linhas. É sempre assim: quando uns estão de “barriga cheia”… há quem aproveite a aberta para “comer”.

PS –  A forma histórica como os brasileiros desperdiçaram as quatro grandes penalidades contra o Paraguai (o escrete nunca tinha falhado mais de duas num desempate em competições internacionais) confirma a sua escassa concentração no jogo.

PS 1 – O seleccionador argentino diz que não se demite e a federação local também parece pouco ou nada interessada em forçar uma alteração no comando técnico. Ambos estão errados. Batista foi de uma incompetência tremenda, desde a construção do onze, passando pelas substituições e culminando na aposta numa táctica que, em traços gerais, ninguém entendeu, nomeadamente os jogadores. Os adeptos exigem a sua saída e estão cobertos de razão.

PS 2 – Messi vai numa sequência de 16 jogos consecutivos “a sério” sem marcar golos pela Argentina. Contado não dá para acreditar…