Às escuras e às claras
Segundo acabei de ler num despacho da Agência Lusa, em meados de 2011, várias aldeias do Alto Minho vão passar a ficar às escuras entre as 3 e as 5 da manhã. A ideia é conseguir poupar cerca de 1 milhão de euros/ano em iluminação pública.
Sou, naturalmente, favorável a todas as tentativas de poupança, ainda por cima num momento em que a crise está cada vez mais instalada entre nós. No entanto, parece-me que privar alguns portugueses de luz, mesmo que apenas durante um período de duas horas (e de madrugada), é um exagero. Se queremos começar a poupar energia, era capaz de ser boa ideia, por exemplo, abdicar de ver as ruas das principais localidades do País repletas de iluminação relativa ao Natal.
Eu sei que as artérias ficam mais alegres com as tradicionais luzinhas desta quadra, mas o Natal não deixa de se realizar se, por hipótese, estivermos um ano sem as ver. Já a vida das pessoas, poucas ou muitas, pode ser visivelmente afectada por não ter electicidade durante duas horas.