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Bons futebolistas, espalhados por todas as regiões do planeta, é que coisa que nunca faltou. Difícil, ao longo dos tempos, foi encontrar verdadeiros craques, aqueles que, numa nesga de terreno, nu..." /> — ler mais..

Bons futebolistas, espalhados por todas as regiões do planeta, é que coisa que nunca faltou. Difícil, ao longo dos tempos, foi encontrar verdadeiros craques, aqueles que, numa nesga de terreno, nu..." /> Ronaldo e Messi são diferentes - Olhos de ver - Record

Olhos de ver

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Ronaldo e Messi são diferentes

21 Novembro, 2010 581 visualizações

Bons futebolistas, espalhados por todas as regiões do planeta, é que coisa que nunca faltou. Difícil, ao longo dos tempos, foi encontrar verdadeiros craques, aqueles que, numa nesga de terreno, num repente, conseguem alterar uma partida, um campeonato. Esses não são bons, são muito mais que isso, fazem a diferença e contribuem, como ninguém, para que o futebol seja a maior paixão mundial. Escolher se o melhor de todos os tempos foi Pelé ou Maradona é uma tarefa que, basicamente, não leva a lado nenhum. As opiniões dividem-se e por muito que se tente ser objectivo, o resultado da análise é invariavelmente o mesmo: subjectivo.

Mas, por mero capricho do destino, por vezes existem períodos em que é relativamente fácil dizer quem são as estrelas do momento. Sem desprimor para ninguém – e reafirmo que gente com talento não falta por aí -, dois ainda jovens futebolistas têm dominado o panorama internacional nos últimos 2/3 anos. E a tendência recente, já deu para perceber, vai manter-se esta temporada. E não importa esperar para saber se os respectivos emblemas, nas competições nacionais ou internacionais, vão ter sucesso. Isso, claro, poderá ser um factor de desempate entre os dois e que ajudará a colorir as suas carreiras, mas jamais será suficiente para englobar outros artistas nesta discussão.

Cristiano Ronaldo e Messi são, por estes dias, os melhores futebolistas mundiais, aqueles que mais espectáculo dão, que mais empolgam o espectador no estádio ou em casa, que mais assiduamente fazem a diferença. A qualidade dos seus desempenhos está colocada tão alto que, nesta altura, já deixaram de ser apenas as peças que desequilibravam e, desta ou daquela forma, faziam a bola chegar aos pontas-de-lança para estes concretizarem. Como se tem visto, agora eles quase não precisam dos verdadeiros avançados, a não ser para dividir as atenções dos defesas.

Com uma eficiência avassaladora, o português e o argentino são, nas suas equipas e selecções, autênticas máquinas de futebol ofensivo, criando (como sempre) espaços para os companheiros, mas mostrando igualmente uma veia finalizadora que faz corar de vergonha todos aqueles que, ao longo dos tempos, só tinham como missão empurrar a bola para o fundo das balizas. Cristiano Ronaldo e Messi marcam golos em situações de “1×1”, em ataque planeado, em contra-ataque, de livre directo, de penálti, com os pés (direito ou esquerdo), com a cabeça, dentro da área, de longe, com remates colocados e/ou fortes… de qualquer maneira.

No sábado, em mais uma ronda da liga espanhola, as duas estrelas fizeram “hat-tricks”, empurraram os respectivos conjuntos para a goleada e, mais importante, abriram, desde já, o apetite para o escaldante Barcelona-Real Madrid de dia 28. E se o entusiasmo em torno do duelo que vai fazer parar meio mundo a uma segunda-feira já não era suficientemente forte, Ronaldo fez questão, bem ao estilo de José Mourinho, de “incendiar” os adeptos com uma provocação evidente. Instando a comentar o sensacional 8-0 com que os catalães venceram no terreno do Almeria, o madeirense desvalorizou o facto e ainda disse, em jeito de desafio, “vamos ver se marcam 8 na segunda-feira”!

Promete muito, mesmo muito, esse embate em Barcelona. Mau é ter de esperar mais de uma semana até que a bola comece a rolar. O melhor, para ir satisfazendo o apetite, é rever as goleadas que os rivais aplicaram na ronda de afinação antes do clássico e os momentos de génio… dos génios: