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   Arranca na próxima madrugada mais uma edição do campeonato profissional de basquetebol norte-americano. Os Lakers, campeões em título, voltam a ser favoritos mas, em Miami, mora um adversário re..." /> Está de volta a magia da NBA - Olhos de ver - Record

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Está de volta a magia da NBA

26 Outubro, 2010 863 visualizações

  

Arranca na próxima madrugada mais uma edição do campeonato profissional de basquetebol norte-americano. Os Lakers, campeões em título, voltam a ser favoritos mas, em Miami, mora um adversário reforçadíssimo que se diz preparado para os destronar. À espreita, com a mesma ambição mas atacando pela calada, estarão Boston, Dallas, Orlando e San Antonio. A bola vai começar a saltar…

LeBron James foi o grande protagonista do último defeso da NBA. Ao alimentar um tabu meses a fio, sem dar indicações precisas sobre o rumo que iria dar à respectiva carreira, o ex-líder dos Cavaliers fez com que todas as outras decisões perdessem importância. Os  milhões de adeptos da modalidade pareciam só estar interessados em saber o que ia na cabeça daquele que se auto-intula “King” mas que, até à data, ainda não conquistou um único título de campeão. 

O rapaz de Akron tardou em anunciar a decisão e quando o fez – com toda a pompa e circunstância, organizando uma declaração em directo na televisão – surpreendeu tudo e todos. Não por confirmar a saída de Cleveland, mas por ter optado por Miami, em detrimento de mercados e equipas bem mais atraentes como Nova Iorque ou Chicago.

Ao juntar-se a Dwayne Wade e Chris Bosh (abandonou Toronto), LeBron espera ter aumentando significativamente as hipóteses de chegar ao título. Porém, para além de isso não ser uma certeza, o até agora idolatrado jogador fez crescer um gigantesco número de críticos. Tanto que, hoje em dia, é alvo de inúmeras mensagens ameaçadoras.

São de Clevaland, claro está, a maioria das vozes contra LeBron, mas de outros locais chovem igualmente palavras negativas, acusando-o de só se preocupar com dinheiro, de ter negociado com Miami antes de os regulamentos o permitirem, de não ter sido leal com o vasto leque de equipas que o tentou contratar, entre tantas outras coisas.

LeBron não esperava uma reacção tão negativa. Segundo já afirmou, até entende que em Cleveland tenham ficado desgostosos – mais ainda por ele ser natural do estado do Ohio -, mas não compreende tanta agitação noutras paragens. Ainda assim, por agora, assume que só quer saber de começar a ganhar jogos para, lá mais para a frente, tentar chegar ao anel de campeão. “Temos todas as condições para vencer e para isso que vamos trabalhar”, atira.

Kobe aceita desafio

Mas se o poderoso extremo/base de Miami assegura estar preparado para as duras batalhas que se avizinham, em Los Angeles, Kobe Bryant, a principal figura dos campeões Lakers, garante poder responder ao desafio.

Pese já ter festejado a vitória na prova em cinco ocasiões, o incansável “all-around” tem uma motivação suplementar para ganhar de novo: igualar o mítico Michael Jordan, campeão seis vezes em Chicago. A situação até poderia não ser particularmente atractiva para a estrela californiana. No entanto, depois de MJ ter dito que não faz sentido compará-lo com Kobe e que este, quanto muito, só pode ser incluído no lote dos 10 melhores bases de sempre e não entre os 10 melhores jogadores da história… tudo mudou.

Kobe, contudo, não precisava de “alfinetadela” extra para se motivar. Só a ideia de poder continuar a impedir LeBron de chegar ao título era suficiente para o deixar desejoso de ir para dentro do campo e fazer aquilo que assegura ser inato: colocar a bola dentro do cesto contrário. De resto, no banco, vai contar com um precioso auxiliar. O técnico Phil Jackson, naquela que será seguramente a sua derradeira temporada, pretende atingir um feito ímpar na competição: somar o quarto “three-peat” (vencer o campeonato três vezes seguidas). E já agora também é importante referir que se os Lakers voltarem a vencer, igualarão (a 17) o número de títulos de Boston, os rivais de sempre…

Correr por fora

Embora a esmagadora maioria das previsões aponte que o título será para Miami ou Lakers, convém não ignorar o poderio de formações como Dallas, Boston, Orlando e San Antonio. Com jogadores experientes, muitas soluções no plantel e treinadores com provas dadas, sonhar alto não parece despropositado. E como a pressão está toda em cima de apenas dois emblemas, até será mais fácil lidar com as dificuldades próprias de um calendário que, só na fase regular, em cerca de seis meses, engloba 82 partidas para cada um dos 30 participantes.

Previsões

Não sendo muito dado a exercícios de futurologia, vou arriscar fazer aquilo que é o mais difícil quando se procura analisar uma competição que ainda não arrancou: prever o que irá acontecer. Assim, ainda antes da bola começar a saltar, aqui ficam algumas apostas muito pessoais, umas bem mais convictas que outras.

Apurados para o “playoff” na Conferência Este: Boston Celtics, Chicago Bulls, Miami Heat, Orlando Magic, Atlanta Hawks, Milwaukee Bucks, New York Knicks e Charlotte Bobcats
Apurados para o “playoff” na Conferência Oeste: Dallas Mavericks, Los Angeles Lakers, Oklahoma City Thunder, San Antonio Spurs, Houston Rockets, Denver Nuggets, New Orleans Hornets e Golden State Warriors
Vencedor da Divisão Atlântico: Boston Celtics
Vencedor da Divisão Southeast: Miami Heat
Vencedor da Divisão Central: Chicago Bulls
Vencedor da Divisão Southwest: Dallas Mavericks
Vencedor da Divisão Northwest: Oklahoma City Thunder
Vencedor da Divisão Pacífico: Los Angeles Lakers

Final da Conferência Este: Boston Celtics-Orlando Magic
Final da Conferência Oeste: Los Angeles Lakers-Dallas Mavericks
Campeão: Boston Celtics

Maior surpresa colectiva: Golden State Warriors
Maior desilusão colectiva: Utah Jazz
Maior surpresa individual: Blake Griffin (Los Angeles Clippers)
Maior desilusão individual: Richard Hamilton (Detroit Pistons)

Melhor marcador: Kevin Durant (Oklahoma City Thunder)
MVP da fase regular: Kobe Bryant (Los Angeles Lakers)
Melhor defensor: Dwight Howard (Orlando Magic)
Melhor “rookie”: Blake Griffin (Los Angeles Clippers)
Melhor treinador: Doc Rivers (Boston Celtics)
Jogador com maior evolução: Arron Afflalo (Denver Nuggets)
Melhor suplente: Jamal Crawford (Atlanta Hawks)
MVP da final: Paul Pierce (Boston Celtics)