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Eu já não tinha dúvidas antes do Benfica ir jogar ao Algarve, com o Portimonense, mas agora creio que ninguém tem: os adeptos (sejam eles do clube da Luz, do Sporting ou do FC Porto) podem estar za..." /> Adeptos derrotam Vieira - Olhos de ver - Record

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Adeptos derrotam Vieira

25 Outubro, 2010 638 visualizações

Eu já não tinha dúvidas antes do Benfica ir jogar ao Algarve, com o Portimonense, mas agora creio que ninguém tem: os adeptos (sejam eles do clube da Luz, do Sporting ou do FC Porto) podem estar zangados com a arbitragem, com os dirigentes, com os horários e preços das partidas, com a filosofia do treinador ou até detestar um qualquer elemento da equipa, mas quando surge a oportunidade de estar na bancada a torcer pelo emblema do coração… não ligam a mais nada, nomeadamente a estranhos apelos.

Luís Filipe Vieira, desde que chegou à liderança do Benfica, tem insistido na necessidade de os sócios e simpatizantes estarem o mais perto possível do clube. Garantiu o presidente que, se todos andassem unidos em prol da sua principal equipa de futebol, seria mais fácil atingir as vitórias. A mensagem, óbvia, foi bem aceite. E a comprovar o respeito por essa lógica, basta recordar as autênticas romarias que a formação benfiquista provocou a época passada, quando lutava ponto a ponto com o Sporting de Braga. Na altura, ninguém (a começar por Vieira) teve dúvidas em considerar que, em quase todas as partidas, o apoio dos adeptos foi determinante.

Ora, sabendo a história recente, não se consegue perceber que o homem que mais tem feito para agitar as bases do clube (os contínuos périplos pelas casas do clube, no país e no estrangeiro, têm uma sido uma imagem de marca da gestão de Vieira), de um momento para o outro, se tenha lembrado de abdicar de um dos principais trunfos do Benfica para, dessa forma, pressionar quem quer que seja. A opção, para além de bastante discutível, parecia condenada ao insucesso. Só que, na Luz, esta gigantesca evidência passou despercebida à Direcção. Foi um erro estratégico tremendo que, ainda por cima, obrigou jogadores e técnicos a discursos de ocasião, pois esses, mesmo dizendo o contrário, também não concordo com boicotes ao jogos fora.

Com a forte presença no Estádio Algarve (seriam seguramente mais de 10 mil), os adeptos benfiquistas explicaram a Vieira que, independentemente de apreciarem o seu trabalho, jamais optarão por seguir um atípico conselho que, na génese, choca com os seus sentimentos. A “nação encarnada” (tal como a verde ou a azul e branca) pode estar disposta a muitos sacrifícios pelo seu emblema, mas não lhe peçam para abandonar a equipa de futebol. E isso, em bom rigor, é que faz sentido. Os clubes grandes são grandes exactamente porque não se esgotam numa pessoa ou numa ideia.