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A Coreia do Norte, já se sabe, é a equipa menos badalada de todas as que vão marcar presença na fase final do Campeonato do Mundo da África do Sul. Formada por ilustres desconhecidos, a maioria do..." /> Os receios norte-coreanos - Olhos de ver - Record

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Os receios norte-coreanos

30 Abril, 2010 623 visualizações

A Coreia do Norte, já se sabe, é a equipa menos badalada de todas as que vão marcar presença na fase final do Campeonato do Mundo da África do Sul. Formada por ilustres desconhecidos, a maioria dos quais joga no seu próprio país, dificilmente terão possibilidades de chegar, pelo menos, aos oitavos-de-final. Ainda assim, os portugueses, sabendo bem das dificuldades sentidas em 1966, aquando do evento realizado em Inglaterra, devem desconfiar deste opositor que, contudo, parece ter mais preocupações que não apenas as questões desportivas.

Nos anos 80, segundo vários relatos, os norte-coreanos estiveram por trás (armando e fornecendo treino militar) de uma rebelião no Zimbabué, conflito que terá causado perto de 15 mil mortos. Pois bem, mesmo com esta problemática ligação no passado relativamente recente das duas nações, as autoridades da Coreia do Norte resolveram eleger o Oeste do Zimbabué como “quartel-general” para preparar a equipa antes da viagem para a vizinha África do Sul.

Mal se soube desta estanha opção dos asiáticos, muitos dos membros da União do Povo Africano do Zimbábue vieram a público mostrar a respectiva indignação. “Nunca lhes perdoaremos o que fizeram”, afirmou Methuseli Moyo, porta-voz do tal partido que, de seguida, foi mais longe nas críticas. “Somos completamente contra a sua presença no Zimbabué, não os queremos aqui e iremos segui-los por todo o país para mostrar o que sentimos”, acrescentou o dirigente.

Preocupadas com as ameaças, as autoridades do Zimbabué resolveram “deslocar” o estágio das visitas para a capital Harare, embora não apresentando, oficialmente, justificações para a medida.

Mas, no meio de todo este processo, difícil é perceber o que terá levado os asiáticos a escolher um país com o qual praticamente não têm relações para efectuar o derradeiro estágio de preparação antes da passagem para a África do Sul. Pois bem, uma rádio da região parece ter descoberto a razão: como as duas nações não se entendem, é praticamente garantido que um eventual pedido de asilo político será recusado!