Histórias de gangsters
Para competir, seguramente, com o clássico do país vizinho, 2 dos clubes mais importantes de Portugal divertiram-se esta segunda-feira 29 de novembro do ano da graça de 2010 a divulgar “comunicados”. Num deles falava-se de “perfis dignos de um filme sobre “gangsters”. O outro, em resposta, alinhava uma lista de nomes e falava em “silêncio” e “solidariedade”. Não é futebol, não é espectáculo, é apenas alguma da miséria portuguesa em registo gastroentrite aguda no cérebro.
É apenas curiosa, vinda de onde veio, a alusão a filmes de gangsters. E não é menos a resposta, com a listinha de nomes. Sobre os métodos utilizados e categoria de quem os utiliza estamos conversados. 2 dos clubes mais importantes de Portugal merecem-se, de facto, um ao outro.
Até as questões da ameaça de ausência nas flash interviews, ou as alegadas pressões sobre um repórter de televisão, ficam-lhes a matar. A estes 2 clubes, que são dos mais importantes de Portugal. Dos blackouts à velha história de “largar os cães” haveria muito que contar, como a Nau Catrineta.
Adenda: O “então tchau!” com que o “mestre da táctica” e das pastilhas gorila despachou o rapaz impertinente do microfone tem explicação fácil: falta de categoria e, com ela, deprimente falta de argumentação verbal. Atendendo ao protagonista, só não percebo a surpresa ou a indignação. Já a comunicação seguinte do brilhante estratego com nome de anjo entra no domínio do surreal. Vindo de onde veio, também não surpreende.
O que esta gentinha não percebe é que a malta, em geral, queria era ver bom futebol, bons jogos, espectáculo, enfim. Para a cena gangster já temos “O Padrinho” e os “Sopranos”. E estes, sim, com qualidade.
