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A composição do pódio no final do Grande Prémio da Austrália trouxe a clientela do costume, sugerindo uma sensação de normalidade que foi muito mais aparente do que real. A verdade é que houve mui..." /> — ler mais..

A composição do pódio no final do Grande Prémio da Austrália trouxe a clientela do costume, sugerindo uma sensação de normalidade que foi muito mais aparente do que real. A verdade é que houve mui..." /> F1 2016 à distância (1 – stress na Austrália) - Variação Contínua - Record

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F1 2016 à distância (1 – stress na Austrália)

22 Março, 2016 2952 visualizações

australia

A composição do pódio no final do Grande Prémio da Austrália trouxe a clientela do costume, sugerindo uma sensação de normalidade que foi muito mais aparente do que real. A verdade é que houve muito ‘stress’ em Melbourne, demasiado até, mesmo tomando como natural alguma ansiedade que sempre aparece no primeiro GP da temporada. E nem é preciso começar já por lembrar o acidente de Fernando Alonso e a forma como equipas, organização e alguns analistas lidaram com o sucedido. Mas já lá vamos.

O ‘stress’ começou no dia dos treinos livres, uma sexta-feira com demasiada chuva para quem pretendia, aproveitando os dados retirados os testes em Barcelona, preparar a corrida em Albert Park. Houve até o caso de um Nico Rosberg tão entusiasmado que acabou a destruir a frente do Mercedes, mas o grau de nervosismo dos que nem sequer foram capazes de somar uma dúzia de voltas ao circuito não teve comparação possível com o sucedido no sábado.

Nada confortáveis com o novo formato da qualificação, as equipas acentuaram o ‘stress’. Engarrafamentos na via das boxes; pequenos toques (!) entre pilotos que saíam e outros que regressavam da pista; contas mal feitas; gente eliminada sem ter hipótese de fazer mais uma volta lançada e, o clímax, maior agitação nas boxes do que na pista durante os minutos finais, aqueles que por norma decidiam a ‘pole’. A coisa não correu bem e os diretores das equipas, como se nada tivessem contribuido para a estreia daquela solução, vieram de imediato pedir (e conseguir?) o regresso à qualificação nos termos em que decorreu nos últimos anos. ‘Stress’, pois.

Depois, bem, depois veio a corrida. Com os erros da Ferrari na escolha dos pneus para as voltas que faltava percorrer após o acidente e com a já conhecida eficácia germânica que, mesmo sob o ‘stress’ de uma largada falhada, foi capaz de decidir bem e garantir mais uma dobradinha. Pelo meio pois tivemos aquela brutalidade da saída de pista do McLaren/Honda de Fernando Alonso na sequência de erro deste ao tocar no Haas/Ferrari tripulado por Esteban Gutierrez. Esteve bem a direção de corrida em decidir imediata bandeira vermelha e a forma como o espanhol saiu ileso dos destroços atenuou algum do ‘stress’. Mas ele ainda voltou… em mais um engarrafamento na linha das boxes, agora à espera da ordem para o recomeço do GP.

O mais estranho de tudo acabou por ser a naturalidade com que toda a gente lidou com o acidente de Alonso. Entre a sorte e a efectiva resistência da ‘célula de segurança’ do McLaren,  quase ninguém quis teorizar sobre um ponto importante: como seria se os carros já tivessem incorporado aquela ideia peregrina do semiarco que há-de servir (?) para proteger (?) a cabeça dos pilotos. Teria Alonso saído dali tão depressa? Em circunstâncias idênticas, podem os pilotos escapar do habitáculo com a destreza que o fazem agora? Mas isto já são perguntas ‘stressadas’. E os analistas têm mais o que postar, perdão, pensar.

ADENDA: Este blog é moderno e portanto mudou o naming. O outro cumpriu garbosamente a sua função. A identidade mantém-se