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A taça da cerveja

17 Abril, 2014 872 visualizações

 

A taça da cerveja
O tempo tem destas coisas. Depois de perder a hipótese de protestar pela chatice que é vir ao Sul para jogar no “Estádio de Oeiras”, o FC Porto está agora limitado a discutir a presença na extraordinária final da “Taça da Cerveja”. Dificilmente a sempre idolatrada ironia de Pinto da Costa encontraria melhor destino, ou castigo, é à escolha, para os adversários. 
Sabemos todos que foi o universo Sporting a batizar a Taça da Liga, depois daquele jogo onde Lucílio Batista viu tão nitidamente a mão de um jogador leonino como os 3 pastorinhos viram a nossa senhora no cimo de uma azinheira. A desvalorização da competição que Sporting e Boavista fizeram nascer em 2006 terá começado nessa final disputada no Estádio Algarve em 2009 e acentuou-se porque foi o Benfica a somar 4 canecos, alguns até apresentados como única conquista da temporada.
O tempo tem destas coisas. Hoje, o Sporting joga ao fim de semana e o presidente Bruno de Carvalho joga à semana, através das palavras, da demagogia e das operações pavilhão. O “grande”, recuperado de um 7@ lugar, festejará obviamente o 2@. Pelo meio, e porque só jogou nas competições internas, falhou a discussão da presença na final da Taça da Cerveja, agora apenas Taça da Liga porque não há nem sequer a sociedade nacional dos fósforos como “main sponsor”. 
Mas é esta tacinha, esta espécie de menina enjeitada do futebol português, que tanto pode ser da cerveja como originar combates judiciais, argumentação de ilegalidades, discursos inflamados e até tentativas de assassinato, que costuma marcar encontro com a dignidade. Os grandes entram para ganhar tudo. Uns conseguem-no, outros não. Mas pior do que não ganhar tudo é ganhar coisa alguma. Por muito que haja gritos e demagogia e teorias esotéricas durante a semana. 

O tempo tem destas coisas. Depois de perder a hipótese de protestar pela chatice que é vir ao sul para jogar no “Estádio de Oeiras”, o FC Porto está agora limitado a discutir a presença na extraordinária final da “taça da cerveja”. Dificilmente a sempre idolatrada ironia de Pinto da Costa encontraria melhor destino, ou castigo, é à escolha, para os adversários. Uma chatice muito grande, maior ainda quando essa discussão volta a ter o Benfica como opositor. “Há que levantar a cabeça e continuar a trabalhar”, disseram António Folha, elemento da equipa técnica, e Varela logo após o alívio do aborrecimento que seria vir ao sul para jogar no “Estádio de Oeiras”.

 Sabemos todos que foi o universo Sporting a baptizar a Taça da Liga, depois daquele jogo onde Lucílio Batista viu tão nitidamente a mão de um jogador leonino como os 3 pastorinhos viram a Nossa Senhora no cimo de uma azinheira. A desvalorização da competição que Sporting e Boavista fizeram nascer em 2006 terá começado nessa final disputada no Estádio Algarve em 2009 e acentuou-se porque foi o Benfica a somar 4 canecos, alguns até apresentados como única conquista da temporada.

O tempo tem destas coisas. Hoje, o Sporting joga ao fim de semana e o presidente Bruno de Carvalho joga à semana, através das palavras, da demagogia e das operações pavilhão . O grande, recuperado de um 7º lugar, festejará obviamente o 2º. Pelo meio, e porque só jogou nas competições internas, falhou a discussão da presença na final da taça da cerveja, agora apenas Taça da Liga porque não há nem sequer a sociedade nacional dos fósforos como “main sponsor”. 

É esta tacinha, esta menina enjeitada do futebol português, que tanto pode ser da cerveja como originar combates judiciais, argumentação de ilegalidades, discursos inflamados e até tentativas de aniquilação, que costuma marcar encontro com a dignidade. Os grandes entram para ganhar tudo. Uns conseguem-no, outros não. Mas pior do que não ganhar tudo, ou levantar apenas a tacinha, é não ganhar seja o que for. Por muito que, enquanto os outros jogam e competem durante a semana, haja gritos e demagogia e teorias esotéricas, ou da conspiração (escolher à vontade).