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A ideia inicial passava por alinhar algumas frases sobre a política de contratações dos três grandes clubes nacionais. Era, e é, assunto particularmente atual e nem sequer seria necessário avançar ..." /> Não lhes batam mais - Variação Contínua - Record

Variação Contínua

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Não lhes batam mais

11 Julho, 2014 839 visualizações

A ideia inicial passava por alinhar algumas frases sobre a política de contratações dos três grandes clubes nacionais. Era, e é, assunto particularmente atual e nem sequer seria necessário avançar por caminhos mais complicados, daqueles a questionar entradas e saídas, ganhos e perdas, enfim, coisas do extraordinário mercado. A linha de raciocínio seguiria outra direção, aquela em que olhamos para os reforços já oficializados e encontramos várias apostas em futebolistas estrangeiros que não ultrapassam os 21 anos de idade, alguns até verdadeiros “teenagers”. Daí, pois existiria sempre espaço para questionar as lógicas do muito incensado “futebol de formação” e poderia depois ligar essa questão a outra não menos atual e que tem a ver com o campo de recrutamento da Seleção Nacional e a renovação que estará, neste cenário, seriamente comprometida.

Havia também a hipótese de fazer umas considerações sobre a Liga profissional, por exemplo sobre a estranha ausência de patrocinador principal quando estamos a pouco mais de um mês do início do campeonato; ou sobre o desprezo de grande parte dos clubes – e da televisão que tem os direitos de transmissão da maioria das partidas da 1.ª Liga – pelo sorteio. Aqui chegados, houve porém dois sinais luminosos que começaram a piscar. Um deles a significar que a “política” pode ser fastidiosa, e dela, a política, estamos todos fartos. O outro sinal acendeu-se quando foi conhecido o “pacto de não humilhação” que a seleção da Alemanha terá acordado durante o intervalo da meia-final com o Brasil.

Ora a revelação, verbalizada pelo central Hummels, podia ser levada à conta da arrogância. Principalmente pelos portugueses que, sonhando com a BMW, a Mercedes ou a Porsche, não gostam de alemães, da Mannschaft, enfim, da senhora Merkl, como se ela, e os restantes germânicos, fossem culpados, por exemplo, pelos BPP, BPN e BES desta vida. Sucede que o pacto de “não humilhação” deve ser visto apenas e só como um daqueles momentos que mandam não bater em quem já está prostrado; naqueles que não têm sequer força para levantar um braço a pedir clemência. E o pacto, imaginável face à história da 2.ª parte, até nem incluiu não marcar mais golos. Passou apenas por evitar “habilidades”. Ao campeão do Mundo exige-se nobreza. E ela apareceu.

*Texto publicado na edição desta sexta-feira 11 de julho