Guardiões
Um guaxinim aos tiros e com tiradas entre o cínico e o perverso; uma árvore que sabe dizer o nome, mas não tem o vocabulário dos “Ents” que servem no Senhor dos Anéis. Uma rapariga verde; um brutamontes que não percebe metáforas e um salteador que mistura “skills” de Indiana Jones e Han Solo, mas diz chamar-se Starlord. Os “Guardiões da Galáxia” salvam o dia e ao mesmo tempo mostram que a Marvel, propriedade da Disney é bom lembrá-lo, chegou a um patamar onde pode fazer o que lhe apetece, até gozar com ela própria sem que isso signifique perder a autoestima.
Muito do preconceito que arrasa os filmes baseados na bd, seja Marvel, seja DC Comics, parte da recusa em aceitar ficções onde há tipos a voar, outros a lançar raios, outros ainda com trajes algo ridículos e nada práticos. Não é coisa digna, nem credível, falta-lhe “substância”. Pois por cada vez, e são muitas, que os guardiões da galáxia não se levam a sério, a Marvel dá uma gargalhada. Dedicada também ao preconceito. Que a sala de cinema acompanhe grande parte dessas gargalhadas só acentua a dedicatória e o divertimento. O melhor deste verão no grande ecrã.
