Lendas e narrativas
2 Novembro, 2014
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Um grande não precisa de estar constantemente a gritar que é grande. Mais ainda quando, ao gritar essa gritaria, grita ainda que é maior do que outros grandes.
É como se Golias, antes ainda de levar a pedrada que o derruba, ignorasse David não pela sua insignificante pequenez, mas por andarem por ali outros Golias. Mais pequenos, claro, sem a dimensão dele, gritada por entre outros gritos de pureza sanguínea, de realeza.
Sucede que quanto maior é gritaria de gritar que se é Golias, maior é o estrondo da queda quando David lhe acerta com um, dois ou mesmo três esféricos.