que bonito que é o nosso quintal
Ver e ouvir Pep Guardiola sobre Del Bosque é, no mínimo, interessante. Não fará de Guardiola melhor treinador, mas confirma-o como personalidade. Com ideias, convicções, pensamento estruturado. Se tem razão, pois essa é outra história, determinada sempre pelo momento, pelas circunstâncias.
Mas não há como escapar: o discurso é o homem. Espanhol, da mesma nacionalidade daquele jornalista que não lembro o nome e que, depois dos 5-1 servidos pela holanda e os 2-0 aplicados pelo chile, recusou crucificar os bicampeões europeus e campeões do Mundo em título: “deram-nos muitas alegrias”.
O que aborrece é perceber que o nosso vizinho conhece a gratidão, ou pelo menos um patamar dessa gratidão. Aqui, a fasquia é outra. Muitos dos que vibraram com os 3 golos de ronaldo à suécia são os mesmos que hoje gozam com os penteados, 4, 5, menos do que os golos que marcou no Brasil, como disse, a armar ao humor, um “especialista” na televisão pública. O português falado e escrito tem 800 anos. Os ajustes de contas no quintal duram há mais tempo.