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Quem de 30 tira 7 (regressa o bombo da festa)

14 Maio, 2014 989 visualizações

 

Quem de 30 tira 7 (regressa o bombo da festa)
Falar de festa em dia de final da Liga Europa, pois é redundância daquela do tipo das pessoas que dizem “há 20 dias atrás”. É também por isso que a “festa” à qual pertence o “bombo” do título é outra. É a festa da Seleção Nacional, que há-de avançar daqui por uma semana para o início de um novo e extraordinário “achamento” do Brasil.
Como em qualquer festa que se preze, o bombo antecipa, acompanha e fecha o evento, sempre disponível para ser, digamos, sovado. É assim que chegamos ao primeiro momento, à antecipação, onde sovar o bombo em ritmo forte e feio é apenas sugestão do que aí vem. Das 30 bordoadas que se fizeram ouvir neste 13 de maio do ano da graça de 2014, sabemos todos que 7 delas são ocas, tipo acompanhamento  sem verdadeira expressão. 
Devidamente enquadrados pelo eco e esgotado, em apenas dois parágrafos, o exercício figurativo, vamos então ao que interessa. A listinha do seleccionador Paulo Bento baixou naturalmente dos 40 conhecidos há dias para os tais 30 que é obrigatório entregar na FIFA. 
Só em circunstâncias extremas o campo de recrutamento pode ser alterado, pelo que este “draft” indica objectivamente quais os jogadores que não entram nas contas do seleccionador. Isto parece apenas redundância, uma daquelas frases que nada acrescentam, mas se lhes juntarmos os nomes de Adrien, Cédric e Carlos Mané, tudo muda. “Que diabo, então a Seleção vai para o Brasil e não leva estes 3 fantásticos futebolistas?”
A pergunta também é figurativa, porque as reacções a esta ignomínia perpetrada pelo seleccionador (que bonito fica utilizar ” ignomínia perpetrada”) foram bem mais  básicas e com maior vernáculo. Mas a verdade é que nenhum deles acrescentaria fosse o que fosse. Nunca seriam titulares e só numa perspectiva catastrófica poderiam sair do banco de suplentes. 
Com tranquilidade, ou não fosse ele “Bento” ( como alguns insistem em chamar), com tranquilidade, dizia, o seleccionador veio resolvendo as questões laterais ao plano estabelecido. Primeiro, renovou; depois a FIFA esclareceu o “não assunto” Fernando; agora, descartada uma parte da convocatória política, falta só identificar as 7 pancadas ocas. E seria muito estranho se entre essas 7 não estivesse Ricardo Quaresma, que não joga pela Seleção há quase 2 anos. 
As 23 batidas estão reservadas para dia 19 às 20h15, presume-se que em directo nos notįciários, sucedendo-se de imediato um ensurdecedor eco. Mas a festa é assim, tem barulho. E tocadores de bombo.

Falar de festa em dia de final da Liga Europa, pois é redundância daquela do tipo das pessoas que dizem “há 20 dias atrás”. É também por isso que a “festa” à qual pertence o “bombo” do título é outra. É a festa da Seleção Nacional, que há-de avançar daqui por uma semana para o início de um novo e extraordinário “achamento” do Brasil.

Como em qualquer festa que se preze, o bombo antecipa, acompanha e fecha o evento, sempre disponível para ser, digamos, sovado. É assim que chegamos ao primeiro momento, à antecipação, onde sovar o bombo em ritmo forte e feio é apenas sugestão do que aí vem. Das 30 bordoadas que se fizeram ouvir neste 13 de maio do ano da graça de 2014, sabemos todos que 7 delas são ocas, tipo acompanhamento  sem verdadeira expressão. 

Devidamente enquadrados pelo eco e esgotado, em apenas dois parágrafos, o exercício figurativo, vamos então ao que interessa. A listinha do seleccionador Paulo Bento baixou naturalmente dos 40 conhecidos há dias para os tais 30 que é obrigatório entregar na FIFA. 

 Só em circunstâncias extremas o campo de recrutamento pode ser alterado, pelo que este “draft” indica objectivamente quais os jogadores que não entram nas contas do seleccionador. Isto parece apenas redundância, uma daquelas frases que nada acrescentam, mas se lhes juntarmos os nomes de Adrien, Cédric e Carlos Mané, tudo muda. “Que diabo, então a Seleção vai para o Brasil e não leva estes 3 fantásticos futebolistas?” A pergunta também é figurativa, porque as reacções a esta ignomínia perpetrada pelo seleccionador (que bonito fica utilizar ” ignomínia perpetrada”) foram bem mais  básicas e com maior vernáculo. Mas a verdade é que nenhum deles acrescentaria fosse o que fosse. Nunca seriam titulares e só numa perspectiva catastrófica poderiam sair do banco de suplentes. 

Com tranquilidade, ou não fosse ele “Bento” ( como alguns insistem em chamar), com tranquilidade, dizia, o seleccionador veio resolvendo as questões laterais ao plano estabelecido. Primeiro, renovou; depois a FIFA esclareceu o “não assunto” Fernando; agora, descartada uma parte da convocatória política, falta só identificar as 7 pancadas ocas. E seria muito estranho se entre essas 7 não estivesse Ricardo Quaresma, que não joga pela Seleção há quase 2 anos.

As 23 batidas que verdadeiramente indicam o início da função ficaram reservadas para dia 19 às 20h15, presume-se que em directo nos notįciários, sucedendo-se de imediato um ensurdecedor eco. Mas a festa é assim, tem barulho. E tocadores de bombo.

Adenda — 19-5-14 — Tal como ficou escrito “seria muito estranho” se entre os 7 que não vão ao Mundial não estivesse Ricardo Quaresma.