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Este 12 de Março do ano da graça de 2011 parece dominado pelo “Sobressalto Cívico”*. À rasca e/ou na tasca, Portugal tem um dia para recordar. Se chover, o que parece provável, os centr..." /> Carrega Portugal! Na tasca ou à rasca - Variação Contínua - Record

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Carrega Portugal! Na tasca ou à rasca

12 Março, 2011 781 visualizações

Este 12 de Março do ano da graça de 2011 parece dominado pelo “Sobressalto Cívico”*. À rasca e/ou na tasca, Portugal tem um dia para recordar. Se chover, o que parece provável, os centros comerciais voltam a dar cartas. Mas não só. O Bairro Alto*, em Lisboa, também estará em grande.  E a Avenida da Liberdade, então, nem é preciso lembrar.

“É difícil encontrar gente como a nossa, tão animada e orgulhosa. Descendemos de povos conquistadores e isso nota-se em cada momento, em cada lance da vida.” O que é isto? Uma ode aos portugueses? Um daqueles discursos mobilizadores? Um qualquer exercício demagógico, capaz de afagar egos nacionais? Não senhor. Isto é apenas um pedacinho de um texto escrito por um senhor que vive noutro mundo, no mundo da ilusão, no mundo de quem recebe por mês mais do que muitos portugueses gostariam de receber por ano. Motivo para esta prosa poética em tom épico? As vitórias de Benfica, FC Porto e Sp.Braga nos respectivos jogos da II Divisão da UEFA, também conhecida por Liga Europa.

Resta dizer que a nossa gente “tão animada e orgulhosa” pode ser resumida assim: Benfica: 2 portugueses de início frente ao PSG, mais 1 que entrou na 2.ª parte; FC Porto: 2 portugueses de início no sintético de Moscovo, mais 1 que entrou na 2.ª parte; Sp. Braga: 3 portugueses de início, mais 1 que entrou na 2.ª parte. É isto o futebol português, do país que descende de “povos conquistadores”. Haja paciência.

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 Não é o 7.º candidato à presidência do Sporting. Mas o nível da “campanha eleitoral” também não está muito melhor. Foi bonita, por exemplo, a analogia que Godinho “Ipad” Lopes fez em relação a Bruno Carvalho: “Um Vale e Azevedo de 3.ª categoria”. Pior só a sugestão que veio publicada no “Correio da Manhã” de dia 9 de Março de 2011: “Baltazar pondera fusão com Carvalho”. Não sei se vão utilizar aquela maquineta que aparecia em “A Mosca”, filme de David Cronenberg, com Geena Davis e Jeff Goldblum. Mas as hipóteses merecem estudo. Haverá a lista de Baltazalho? Ou a candidatura de Carvazar?

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De acordo com a edição do “Diário de Notícias” publicada a 11 de Março de 2011, há opções “Pós-Manifestação”. Ou seja, epá não se esqueçam que depois de uns gritos e tal, há sempre mais uns copos e uns convívios que esperam por vós. Segundo este diário, “em Lisboa pode ir ao Bairro Alto”. Isto é informação de alto calibre. É importante que os manifestantes saibam que um pedacito acima da Av. da Liberdade há o Bairro Alto. Já em relação ao Porto, a informação surge semi- difusa: “uma tasca na Praça da Batalha dá uma festa às 23.30h”. Uma só? Então e as outras ficam-se? Podem estar a guardar-se para o S. João. Ou então para aquele “must” do desfile do autocarro com gajos de cabelo azul a festejar algo que o resto do País ignora de forma olímpica.

Mas não nos desviemos do essencial: “A Manifestação”. Perdão, a manifestação da “geração à rasca”. Depois da “canção” da parvoíce, eis que a excitação cívica de alguns entrou em lógica pré-orgásmica. O PR, senhor avisado e com memória da balbúrdia na praça das portagens da Ponte salazar, perdão, 25 de Abril, o PR, dizia, achou por bem ler o que lhe escreveram no discurso e sugerir um tal de “sobressalto cívico”.

No Campo Pequeno juntam-se os professores. Parece que não cabem todos. Na Av. da Liberdade e em mais 10 locais de outras tantas cidades, a mistura é tão grande que nem uma batedeira seria capaz de dar conta do recado. Ele é artistas, deputados(?), políticos, gente de extrema direita e extrema esquerda (estes são suposição e motivo de alerta por parte do SIS). Ah, claro, e também a “geração à rasca”. Sobre estes últimos muito haveria a dizer. Mas não vale a pena. Porque já foram ultrapassados pelos acontecimentos a que, supostamente, deram origem. E, afinal, com mais ou menos protestos, podem sempre seguir as dicas do “Diário de Notíciais”. Há o bairro alto e há “uma tasca na Praça da Batalha”. Minis e shots contra o status-quo. Sou gajo para aderir ao “pós manifestação”. 

(nota publicada aqui)