Os pezudos (coisas ligeiramente idiotas 1- 2011)
Ele aí está, cheio de esplendor. O ano de 2011, por decreto o “ano da crise”, nada afinal que Portugal não esteja habituado desde tempos imemoriais. Ele aí está, esplendoroso, o “ano da crise”, o ano em que, entre outras “desgraças” previstas pelos Nostradamus de serviço, o FMI vai entrar em Portugal – resta saber se chega ao aeroporto da Portela ou, poupando já alguma coisita, entra por Ayamonte, não pagando na Via do Infante.
Ele aí está, brilhante, novinho em folha, o ano de 2011. Onde, para começar, vemos e ouvimos na TV delírios das Neves, aparentemente inimputáveis, versando o economês em estilo professor (?) universitário. Ele aí está, impante e cheio de pujança, o ano de 2011 onde, a pretexto dos festejos de aniversário, a SIC Notícias de Balsemão mistura os delírios aparentemente inimputáveis de um “humorista” com jel aos sussurros (en)crespo(ados).
Ele aí está, brutal, o ano de 2011, onde as empresas querem vender mais, conquistar mais quota de mercado, angariar mais clientes e, ao mesmo tempo, querem conter custos, leia-se reduzir quadros e não promover o emprego. Sem gente a trabalhar, alguém ainda há-de explicar como é que o consumo (e, logo, a economia) avança.
Ele aí está, cheio de promessas, o ano de 2011. O FC Porto de André Pina Cabral, bisneto do 1º Visconde de Guilhomil, entrou a perder. Nem o penaltizito da ordem resolveu a coisa. Curiosamente, toda a gente pareceu embevecida por André Pina Cabral ter reagido “bem” à derrota. Mas estavam à espera de quê? Talvez uma cena do tipo neandarthal, não?
Benfica e Sporting ganharam. Aparentemente com poucos pezudos. Termo carinhoso, se usado pelo técnico dos leões. O que aconteceria se fosse um qualquer jornalista a utilizar o mesmo adjectivo?
Este fim-de-semana regressa a Liga. Onde os pezudos têm o mesmo estatuto dos (poucos) virtuosos. Observem-se, principalmente, as estreias de Azenha e Mozer.
* Foto da Lusa, capturada aqui.
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Ele aí está, o estrondástico (mistura de fantástico com estrondoso) ano de 2011. E para apontar na agenda, aqui vai: Este é o ano de Natalie Portman. Quem?, perguntarão os distraídos e alguns pezudos. A resposta está aqui: