Alcochetyang (update)
Depois da decisão da administração da SAD sobre os trapos que devem cobrir os funcionários em funções, chega agora a vez de o director para o futebol do Sporting impor aos futebolistas uma espécie de regime norte-coreano. É em registo foleiro, e apenas indigente. Mas ao mesmo tempo preocupante. Vamos por partes:
Foleiro e indigente porque, ao contrário dos nortecoreanos, que não podem sair dali, os futebolistas da Sporting SAD são homens livres logo após cruzarem os portões da Academia de Alcochetyang. A preocupação é sentirem-se eventualmente obrigados a não ser homens livres. Para já não falar na visão esclarecida, avisada e tremendamente actual de um gestor de recursos humanos que quer enterrar esses mesmos recursos humanos mais fundo e com menos comunicações do que os, por estes dias célebres, mineiros chilenos.
Update 2010-10-3
«O plantel do Sporting lamenta profundamente as excessivas notícias falsas que têm sido publicadas por alguns órgãos de comunicação social e decidiu manifestar publicamente a sua indignação, pela forma como têm sido tratados os profissionais do clube desde o início da presente temporada», leu Carriço.
«A forma abusiva e destabilizadora como têm sido abordados alguns assuntos acentuou-se nos últimos dias, com a invenção de um caso entre os nossos colegas Liedson e Yannick Djaló, e a absurda divulgação de uma suposta lista de medidas que deve envergonhar quem a escreveu e quem a decidiu publicar. A imagem criada à volta do nosso director é asquerosa, por se tratar de uma notícia que não é verdadeira», frisou.
Ora cá está. Portanto, a acreditar no comunicado dos profissionais do Sporting, a “suposta lista de medidas” saiu de uma qualquer mente retorcida e (claro) exterior a Alcochetyang que, talvez tendo sonhado com elas, a lista e as medidas, decidiu escrevê-las para que fossem publicadas. Sucede que, ao contrário do que muita gente pensa, os jornais não são feitos assim.