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Está lançada a discussão e as duas próximas jornadas da Liga vão aclarar a questão: pode o Sporting voltar a sonhar com o título nacional? Já dizia o poeta, o sonho comanda a vida, e não é legítimo..." /> Uma missão (im)possível - Lado B - Record

Lado B

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Uma missão (im)possível

2 Fevereiro, 2015 528 visualizações

Está lançada a discussão e as duas próximas jornadas da Liga vão aclarar a questão: pode o Sporting voltar a sonhar com o título nacional? Já dizia o poeta, o sonho comanda a vida, e não é legítimo cortar as pernas ao leão. Mas a verdade é que o clube de Alvalade tem um plantel muito inferior a Benfica e FC Porto e com poucas soluções credíveis, como se vê na Taça da Liga, para cimentar a candidatura. O dinheiro por si só não ganha campeonatos, mas ajuda muito. Muito mesmo.


Marco Silva está a fazer um grande trabalho. Ter mais um ponto do que Leonardo Jardim e continuar envolvido em todas as frentes é obra. E não se pode dizer que tenha muita ajuda. O facto de ter o balneário com ele e unido em torno dos objetivos está a fazer milagres.


Mas será suficiente? Como pode lutar pelo título uma equipa cuja dupla de centrais soma 43 anos? Ou escapar a todas as adversidades sem um “10” digno desse nome? O Sporting fez um trabalho impressionante em termos financeiros mas isso teve custos na qualidade da equipa. O banco leonino é curto e as opções, por exemplo, para o meio-campo tão parcas que William, Adrien e João Mário quase não podem ter um dia não. Com dois jogos por semana novamente à porta, como vai ser?


Sporting está mais perto. E tem direito a sonhar. Mas falta-lhe muita coisa


O Sporting optou por contratar muitos jogadores, gastando 16 milhões em jovens em quem Bruno de Carvalho e Virgílio acreditavam piamente. Resta saber se não teria sido mais útil reduzir o número de aquisições, vendo aumentar o nível qualitativo e competitivo. Para quê atacar nomes como Sacko, Sarr ou Rabia, quando facilmente se vê que nada trazem a quem estava?


Os sportinguistas têm direito a sonhar. Claro. Mas ajuda ter os pés assentes na terra.

 

Texto publicado na versão impressa de Record a 28-01-2015