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É muito fácil viver no fio da navalha no futebol. Então quando se veste a pele de treinador, rara é a época em que não se passa de besta a bestial e vice-versa num só minuto. Jesus já com cinco ano..." /> — ler mais..

É muito fácil viver no fio da navalha no futebol. Então quando se veste a pele de treinador, rara é a época em que não se passa de besta a bestial e vice-versa num só minuto. Jesus já com cinco ano..." /> Entre o sonho e o pesadelo - Lado B - Record

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Entre o sonho e o pesadelo

5 Janeiro, 2015 781 visualizações

É muito fácil viver no fio da navalha no futebol. Então quando se veste a pele de treinador, rara é a época em que não se passa de besta a bestial e vice-versa num só minuto. Jesus já com cinco anos de Benfica sabe bem o que isso é. Vencedor do prémio Artur Agostinho, o mais importante galardão atribuído por Record, o técnico encarnado vive o momento com a serenidade dos justos. O que fez em 2013/14 merece tudo. A juntar a isso, o presente. Entre as agruras do adeus à Europa e à Taça de Portugal, Jesus conseguiu provavelmente o mais importante: o título de campeão de inverno com 6 pontos de vantagem sobre o rival FC Porto. Por muito que se discuta a Champions, o objetivo principal está a ser cumprido. Sinceros parabéns ao homem do leme. Um guerreiro.

No FC Porto, o Natal terá sido vivido de forma comedida. O enorme investimento teve resultados imediatos na Champions, mas em casa Lopetegui tem falhado. As derrotas nos clássicos e o 2.º lugar alimentam a desconfiança. 2015 será um ano fulcral para o espanhol no Dragão. A perda de Brahimi para a CAN pode ter consequências graves, mas o plantel que comanda tem muita qualidade. Os adeptos mais exigentes do país querem mais. E não perdoarão muito mais deslizes. Querem vitórias.

Em Alvalade o Natal foi um pesadelo. A hipótese de saída de Marco Silva turvou o mandato de Bruno de Carvalho. Nem entre os mais fiéis a medida é amplamente apoiada, apesar de tão bem explicada pelos comentadores da situação. Ainda há tempo para emendar a mão. Bruno pode refletir porque foi tão difícil a relação com Jardim e agora com Marco. E o técnico entender alguns dos pontos de vista do presidente. Avançar para a saída pode ser erro histórico. Não seria a primeira vez.


Texto publicado na versão impressa de Record de 26-12-2014