— ler mais..

O Record foi quem trouxe o assunto à praça pública mas é preciso reconhecer que não por aturada investigação jornalística. Foram as palavras de Lito Vidigal, enigmáticas, de quem não concordava com..." /> — ler mais..

O Record foi quem trouxe o assunto à praça pública mas é preciso reconhecer que não por aturada investigação jornalística. Foram as palavras de Lito Vidigal, enigmáticas, de quem não concordava com..." /> Um caso bem complicado - Lado B - Record

Lado B

Voltar ao blog

Um caso bem complicado

15 Dezembro, 2014 777 visualizações

Record foi quem trouxe o assunto à praça pública mas é preciso reconhecer que não por aturada investigação jornalística. Foram as palavras de Lito Vidigal, enigmáticas, de quem não concordava com a limitação, diga-se até, de quem queria levantar a lebre, que nos levaram a fazer o nosso trabalho. Curiosamente, o único desportivo a fazê-lo. Porquê? Talvez porque já vimos tantos porcos a andar de bicicleta que já se torna difícil indignarmo-nos quando vemos apenas mais um.

Mas não pode ser essa a solução. Foi um pouco isso que nós, portugueses, fizemos em relação a muitos políticos, banqueiros e empresários e veja-se onde nos levou. Os casos Miguel Rosa/Deyverson e Kléber não fazem correr muita tinta por serem inéditos. Acontece que a falta de transparência é algo cada vez menos aceitável num país que está a sofrer muito com os erros de poucos.


Miguel Rosa e Deyverson fazem correr muita tinta por falta de transparência


É verdade que fechámos os olhos a um presidente da República que compra e vende acções de um banco que é o maior caso de polícia da história. Não ligámos o suficiente a um primeiro-ministro que não se lembra se recebeu ou não 5 mil euros/mês, curiosamente o mesmo homem que se gabava de ir de Opel Corsa para Manta Rota. Achamos normal até que um banqueiro que arruinou um império receba prendas de 14 milhões e pague impostos atrasados. Mas tudo tem um fim como se vê em Évora. A impunidade é difícil de aceitar quando há crianças a desmaiar de fome nas escolas porque o dinheiro se perde num bolso qualquer.

Aqui não há Sporting, Benfica ou FC Porto. Há regulamentos. E se não servem para castigar quem até confessou ter alterado a verdade desportiva, como fez Rui Pedro Soares, então façam-se novas leis. E cumpram-se, doa a quem doer.