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Luís Filipe Vieira teve de se expor a sério, saindo mais uma vez em defesa do treinador, mas conseguiu estancar os ataques que Jorge Jesus sofria a torto e a direito após um início de época meio tr..." /> O problema empresarial do Benfica - Lado B - Record

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O problema empresarial do Benfica

20 Setembro, 2013 938 visualizações

Luís Filipe Vieira teve de se expor a sério, saindo mais uma vez em defesa do treinador, mas conseguiu estancar os ataques que Jorge Jesus sofria a torto e a direito após um início de época meio trôpego. As vitórias após o dérbi ajudaram e o Benfica parece prestes a entrar em velocidade cruzeiro se a deslocação a Guimarães assim o permitir e essa for a vontade do incómodo Rui Vitória, que ainda ontem à noite goleava na Liga Europa. Mas se o grande problema do clube até agora parecia apenas desportivo, temendo-se a falência dos métodos de JJ perante jogadores que se mostravam cansados de tanto excesso, agora sabemos que o presidente encarnado se debate com outro tipo de questão, curiosamente semelhante à que atormenta todos os portugueses devido à triste gestão dos políticos que temos: o endividamento excessivo.

Os números apresentados no Relatório e Contas de 2012/13 são preocupantes e somados à inexistência de encaixes financeiros no último mercado podem tornar-se seriamente gravosos. Claro que estes mesmos números dependem sempre de quem os lê e da seriedade colocada na questão, mas num país como Portugal, apresentar um passivo de 440,5 milhões de euros, quando se encaixaram 51,5 milhões em transferências só pode ser preocupante, por muito que surjam nos próximos dias vozes da situação a jurar o contrário. Afinal, entre compras e vendas os encarnados até tiveram uma variação positiva de 11,5 milhões, provando que o desvario de contratações a que assistimos nos últimos anos se aguenta e até dá lucro. O pior é que mesmo assim o passivo aumentou em 3,4 milhões.

Dramático mesmo o facto de se ter investido agora mais 30 milhões no reforço da equipa sem que se tenha vendido um jogador, ou seja, sem que se tenham realizado encaixes significativos, que disfarcem uma vez mais o défice de exploração que atormenta o clube. No fundo, sem entrar na espiral negativa em que o Sporting caiu, o Benfica vive hoje também ligado à maquina que a banca alimenta até ao dia em que a torneira fechar. É mais complicado que aconteça na Luz e o drama ainda não é tão grande, mas se Vieira não quer ficar na história como o presidente que recuperou o Benfica para depois o levar à falência novamente, então algo terá de mudar. Domingos Soares de Oliveira é o homem que lidera financeiramente o clube e não terá ficado certamente muito satisfeito com a ausência de vendas este defeso. A solução está a ser trabalhada, sendo de prever novo empréstimo obrigacionista ou duas ou três vendas de pedras nucleares até junho próximo. Porque ainda há tempo.