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A nós não nos basta ganhar. Aliás, mais importante do que termos triunfado foi Ronaldo ter falhado golos de toda a maneira e feitio. Passando os olhos pelas redes sociais, percebe-se que as crítica..." /> Deve ser questão genética - Lado B - Record

Lado B

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Deve ser questão genética

14 Junho, 2012 760 visualizações

A nós não nos basta ganhar. Aliás, mais importante do que termos triunfado foi Ronaldo ter falhado golos de toda a maneira e feitio. Passando os olhos pelas redes sociais, percebe-se que as críticas a CR7 quase superaram a alegria da vitória. Deve ser coisa genética, esta de termos de ser, não melhores, mas muito melhores do que os outros. Mesmo quando eles são do mesmo patamar ou, em teoria, superiores.

Tenho visto aplicar à Seleção Nacional um código de exigência que, infelizmente, muito poucos portugueses usam na vida diária. Nas relações que mantêm com a sociedade, mesmo no mais normal cumprimento dos deveres cívicos, como, por exemplo, pagar impostos ou votar. Usassem as empresas nacionais os mesmos requisitos que alguns impõem à apelidada equipa de todos nós e, quem sabe, estariam, como a Seleção, nas 10 melhores do Mundo.

Não é nada contra a crítica, essa faz parte da vida. A minha, a sua, a dos jogadores. Todos estamos sujeitos a ela, uns de forma mais pública do que outros, pela atividade que têm. Cristiano, esse ídolo dos miúdos que tantos pais não suportam, é o mais atingido. Normal, claro, por tudo e mais alguma coisa. Mas só até certo ponto. Falhou golos feitos? Óbvio. Não lida bem com a constante comparação a Messi? Evidente. Não tem boa relação com a crítica? Salta à vista. Daí a colocar em causa tudo o que fez por estar a realizar um Euro’2012 abaixo do que desejávamos – calculo que até ele… –, aí, confesso, já não percebo.

Queremos que Cristiano Ronaldo tenha a educação e o savoir-faire que a infância não lhe permitiu e que muitos exibem com um verniz cultural que estala à primeira contrariedade. Ou que a nossa Seleção esmague a Alemanha e pressione do primeiro ao último minuto, mesmo que os espanhóis sofram com a Itália, que a Holanda perca com a Dinamarca ou que França e Inglaterra façam um jogo miserável. Mas nós somos melhores. Sempre fomos. É sina.