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Dúvidas eram muitas e não são meia dúzia de jogos que fazem um treinador, mas é tempo de dar a Sá Pinto o crédito que merece, por muito que custe a tanta gente. Na histórica eliminação do Mancheste..." /> Aqui há dedo de Sá Pinto - Lado B - Record

Lado B

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Aqui há dedo de Sá Pinto

16 Março, 2012 805 visualizações

Dúvidas eram muitas e não são meia dúzia de jogos que fazem um treinador, mas é tempo de dar a Sá Pinto o crédito que merece, por muito que custe a tanta gente. Na histórica eliminação do Manchester City da Liga Europa há dedo dele. Os dois jogos foram bem preparados, o Sporting jogou com a cabeça no lugar, soube ser paciente quando isso era obrigatório, cauteloso nas horas difíceis, mas também ambicioso como na primeira parte de ontem, quando construiu a vantagem que ditou a passagem na eliminatória. Não foi em Lisboa que o leão passou. Foi em Inglaterra, com os golos de Matías e Wolfswinkel. E 45 minutos de sonho.
Sá Pinto percebeu que a construção de uma equipa começa atrás. E parece ter encontrado em Polga e Xandão a melhor dupla de centrais da época. Insúa é o dono da esquerda e na direita, pasme-se, ninguém se lembrou de João. Sem Pereira chegou Pereirinha. E porquê? Não se defende apenas com guarda-redes e uma linha de quatro. Com o novo treinador existe solidariedade desde o trio da frente a Rui Patrício. E o trabalho defensivo de Izmailov (que jogão), Schaars e Carriço fez a diferença. Pela primeira vez desde a lesão de Rinaudo o argentino é esquecido. Elias pode fazer o lugar na Liga interna e com todos a ajudar o problema resolve-se na Europa.
O novo técnico deu também a Matías o papel que lhe assenta: patrão. Ele é o verdadeiro 10 do Sporting, por muito que use nas costas o 14 de Cruyff. O internacional chileno foi enorme nas duas eliminatórias. O cérebro da equipa, decisivo nas bolas paradas, desarmante na marcação dos ritmos de jogo, delicioso nos pormenores técnicos. Aliás, o único erro de Sá Pinto terá sido mesmo retirar o craque demasiado cedo. O leão encostou às cordas, ficou à mercê do jogo direto para Dzeko e Balotelli e vulnerável às maldades de Agüero. A ideia de lançar a velocidade de Jeffren e Carrillo entende-se, mas não funcionou.
Depois há a enorme dose de confiança que Sá parece ter injetado nos jogadores. Rui Patrício foi soberbo, sim, mas já viram este Polga? E Pereirinha? Ter as costas quentes por quem manda é vital. Sempre.