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POLACOS JÁ SE ESQUECERAM DO QUE É E DO QUE FOI O NAZISMO. E NÓS POR CÁ VAMOS CANTANDO E RINDO, BRINCANDO COM O FOGO A visita do Legia Varsóvia a Alvalade trouxe consigo aquilo que de pior tem o fut..." /> — ler mais..

POLACOS JÁ SE ESQUECERAM DO QUE É E DO QUE FOI O NAZISMO. E NÓS POR CÁ VAMOS CANTANDO E RINDO, BRINCANDO COM O FOGO A visita do Legia Varsóvia a Alvalade trouxe consigo aquilo que de pior tem o fut..." /> Nem tudo é uma festa - Lado B - Record

Lado B

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Nem tudo é uma festa

25 Fevereiro, 2012 790 visualizações

POLACOS JÁ SE ESQUECERAM DO QUE É E DO QUE FOI O NAZISMO. E NÓS POR CÁ VAMOS CANTANDO E RINDO, BRINCANDO COM O FOGO

A visita do Legia Varsóvia a Alvalade trouxe consigo aquilo que de pior tem o futebol. Sim, pior do que bandos de arruaceiros que praticam a violência porque não sabem mais ou fanáticos que só veem o seu clube à frente, são os energúmenos que nada têm a ver com o desporto-rei e que andam nestas andanças para espalhar a mensagem do seu abominável criador, no caso Adolf Hitler, esse génio incompreendido.

Infelizmente, os polacos que ontem passearam por Lisboa já se esqueceram dos milhares de compatriotas que arderam nos fornos criados pelos nazis nos inúmeros campos de extermínio espalhados pela Polónia fora. Nomes como Auschwitz, Birkenau, Belzec, Madjanec, Sobibor e Treblinka não devem, não podem ser apagados da História, por muito que estes imbecis sigam uma ideologia que defende o extermínio de raças ou o simples assassinato de quem pensa de forma diferente. Recordemos que não foram apenas os judeus quem morreu aqui. Foram também comunistas, homossexuais ou simplesmente quem se atreveu a opor-se a um regime que sujou para sempre a trágica história da Europa. E se os números valem alguma coisa, lembremo-nos então que nos campos polacos foram assassinadas mais de 2,5 milhões de pessoas. Não, recordar não é viver.

É por fenómenos destes que as claques devem ser vigiadas muito de perto. Para que líderes com intenções pouco católicas não se aproveitem do normal desregulamento de uma turba difícil de tomar conta. As claques violentas na Europa de Leste são uma realidade dura para muitos países e os cidadãos portugueses terão de ter cuidado se se deslocarem ao Euro’2012 e decidirem passear por Varsóvia. A ideia parece alarmista, mas a simples visão de uma camisola da Seleção Nacional por um grupo de bandidos como este que andou por cá pode dar direito a espancamento. Nunca andar sozinho e em locais mal frequentados, por favor.

São economias em dificuldades e povos em que o orgulho nacional é afetado pela crise e ausência de soluções o melhor terreno para plantar ideologias perigosas. O desrespeito pelas outras raças surge pela vontade de encontrar culpados para a nossa miséria. Tentemos perceber então que a crise económica e de valores que enfrentamos hoje em Portugal nos pode levar, muito brevemente, mais do que alguns julgam, a enfrentar problemas semelhantes. Porque é, de facto, fácil, espalhar uma mensagem de ódio e revolta em tempos difíceis. A história já nos ensinou isso e a realidade também. A ideologia bélico-fascista tem forte implantação no futebol em países como a Sérvia, a Croácia, a Polónia, a Alemanha, mas também Portugal, ainda que disfarçada e mais nas grandes claques do que em pequenos clubes, felizmente seguidores dos lusos brandos costumes.

Vem aí mais um Benfica-FC Porto. E o que anuncia o clube da Luz? Que tem a sua zona de conforto pronta para receber os dragões? E o Sporting o que faz? Diz que tem um novo sistema de vigilância para estrear no dérbi. É de pequenas e ignorantes provocações como esta que nascem os ódios. Já viram como são os bichos, quando tiverem que aturar iguais não se queixem. Foram vocês que os criaram.