À rasca ando eu…
1 – Estalou o verniz no fleumático universo leonino – Godinho Lopes e Bruno de Carvalho passaram o dia de ontem em insultos dignos de tasca, num registo que habitualmente vemos do outro lado da Segunda Circular. Até Vale e Azevedo foi desencantado no meio da discussão, num “diálogo” entre dois candidatos fortes, mas que não precisam de descer tão baixo para fazer valer a sua posição. Acreditem que vai piorar…
2 – O sismo no Japão abalou as estruturas dos prédios nipónicos, mas também as bases do jornalismo português. Ok, estou a exagerar e queria mesmo fazer a piada com “estruturas” e “bases”, mas quando a informação é passada de japonês para inglês e daí para português, a coisa fica difícil. Foram muitos os sites que ao longo do dia atiraram com “mais de mil” mortos (no Record Online também aconteceu e tivemos de emendar a mão), porque colocaram tudo no mesmo saco – estimativas, mortos, feridos, desaparecidos e afins. As redes sociais e os avanços no mundo virtual fazem com que estas coisas aconteçam – basta um twit ou um “like” enganador e lá vão todos encarrilados. Deixo a dica – confiem na CNN. E hoje vamos ter capas enganosas… Deixo aqui os dados atualizados ao minuto e confirmados por fontes oficiais – 376 mortos, mais de mil feridos e cerca de 934 desaparecidos (04:11 da madrugada em Lisboa). Que este sismo provocará (futuro) mais de mil mortos é uma realidade. Infelizmente…
3 – Este sábado é dia de manifestação. Uma coisa criada pelo Facebook tem tantas condições para funcionar como o Roberto em momentos decisivos, portanto cheira-me que o objetivo não será logrado. E por falar em objetivos, quais são os objetivos desta propalada manif? A demissão de toda a classe política? OK, e depois quem é que vai para lá? Os moços com rastas que fazem malabarismos na Rua Augusta? Eu? Os manifestantes? Adoro confusão e gente na rua a querer defender os seus direitos, mas com uma causa, com uma premissa, com um objetivo definido e, acima de tudo com paixão. Até ver, pela informação que fui recolhendo, vamos apenas assistir a um festival de verão no meio da cidade, com música, festa e animação. É apolítica, mas vão lá estar forças políticas. É pacífica, mas já se fala de infiltrados radicais. Bom, sob pena de começarem a odiar-me e deixarem de vir ao blog, despeço-me com uma chalaça (ou será chalassa?) – se meterem lá mais gente do que o pick-nick do Modelo com a Popota e o Tony Carreira em Monsanto, já será um sucesso.
À rasca ando eu!
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