Duas nomeações estúpidas na jornada 2
Era o que se temia.
As nomeações de Rui Silva para o FC Porto-Gil Vicente e de Hugo Pacheco para o Benfica-Feirense nunca deviam ter sido feitas. Mas foram.
Quem conhece a nossa arbitragem e tem bom senso já sabia que algo ia acontecer.
Aconteceu.
Silva perdoou a expulsão de um jogador do FC Porto no início do jogo e marcou um penálti duvidoso para o FC Porto que a seguir deu o empate aos campeões nacionais.
Pacheco não viu uma grande penalidade do tamanho do Estádio da Luz que podia ter dado o 2-2 ao Feirense perto do final do jogo.
Recorde-se que Rui Silva foi um dos árbitros castigados e suspensos pela FPF na sequência do processo Apito Dourado (por causa dos jogos do Gondomar). Recorreu da decisão e pôde voltar a apitar, após um ano de paragem, mas já na 2.ª categoria. Subiu este ano e apareceu na Luz, onde, como confessou no tribunal de Gondomar, um dia esteve para apitar um Benfica-Naval, tendo recebido do Benfica uma peça de cristal e um fio de ouro, tendo considerado este o presente mais valioso que recebeu na sua carreira.
Obviamente, Silva não pode viver toda a vida estigmatizado por um processo no qual saiu absolvido, mas…
Quanto a Pacheco, é um árbitro da escola do Porto, com dois anos de tarimba na 1.ª categoria mas na última época esteve em risco de descer.
É certo que Vítor Pereira só tem 22 árbitros para nomear e alguns estão impedidos pelos regulamentos. Mas exigia-se que nesta altura em que está ainda tudo “on fire” houvesse outro tipo de cuidado nestas nomeações, não enviando para as caldeiras de pressão árbitros com pouco estofo e que vacilam sempre, e naturalmente, na hora de tomar as grandes decisões.
Algo não vai bem, de facto, no reino da arbitragem portuguesa.