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  Para quem andou ontem distraído, a RTP 2 transmitiu dois belos programas à hora do “Prolongamento”. Num deles fiquei a saber algo mais sobre Mark Twain e Lewis Carrol e no outro come..." /> Pedro Guerra, 1 Eduardo Barroso, 0 (vitória por toalha ao tapete) - Bola na Área - Record

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Pedro Guerra, 1 Eduardo Barroso, 0 (vitória por toalha ao tapete)

13 Outubro, 2015 1087 visualizações

 

Para quem andou ontem distraído, a RTP 2 transmitiu dois belos programas à hora do “Prolongamento”. Num deles fiquei a saber algo mais sobre Mark Twain e Lewis Carrol e no outro comecei a embrenhar-me na história da família Krupp. Mas depois cai na tentação de ir ao facebook e percebi a agitação a propósito do abandono do cirurgião Eduardo Barroso do programa da TVI 24.

Não foi propriamente uma surpresa.

O esforço de Barroso para levar com Pedro Guerra estava a ser colossal e o que nos proporcionava algum alívio era apenas o facto de o representante do Sporting não poder levar para o estúdio os seus instrumentos cirúrgicos.

Pedro Guerra, diretor da BTV, é um paineleiro que enche o ecrã e que irrita o mais santo. Mas está lá precisamente para isso e se passou da CMTV para a TVI foi porque funciona em televisão de horário prime time.

Ninguém pode dizer de Guerra que este se fica nas covas e que não se prepara para os debates. Quanto à sua argumentação, bem, é assunto no qual não me meto mas suponho que os benfiquistas adoram e os outros detestam.

Pedro é um peso-pesado da guerra dos programas de paineleiros, assim batizados por um dos primeiros, o senhor Alfredo Farinha, quando “Os Donos da Bola” da SIC não só promovia este folclore como também proporcionava reportagens fora da caixa, que faziam abanar os 7 pilares da sabedoria do nosso futebol, no qual hoje se agarram como lapas antigos detentores da carteira profissional de jornalista.

Só vê estes programas quem os quer ver e quem os critica é precisamente quem mais vê.

Ou seja, os que mais detestam Pedro Guerra e o seu estilo são os que mais o procuram, pouco se importando com o que está a dar nos outros canais. Penso que o próprio Rui Gomes da Silva já deve andar com alguma ciumeira.

Quanto à atitude de Eduardo Barroso, sempre o considerei uma figura simpática e dei desconto ao seus hiper spontinguismo. Mas valha a verdade que nem sempre foi politicamente correto com alguns dos seus colegas de painel. Também não é isso que lhe pedem.

Barroso perdeu esta guerra ao mandar a toalha para o tapete. Podia ter saído melhor, ignorando Guerra, mas mais uma vez não resistiu. Foi um momento triste de televisão mas certamente bom para as audiências.

Tem agora a TVI de encontrar um substituto. O mercado dos paineleiros está prenhe deles e se houver qualquer dificuldade penso que o Sérgio Figueiredo não se importará nada de participar em mais um programa, agora que mudou o seu gabinete para os estúdios da TVI.

Tudo evoluí e a televisão por cabo mudou muita coisa. E não esqueçam que a Alemanha perdeu a Guerra no dia em que Hitler, em Dunquerque, entendeu que não valia a pena ir tomar chá a Londres no dia seguinte. 

PS – Confesso que o que mais custa é ver o Bernardino Barros envolvido nestas guerras. Gostava muito mais dele nos tempos de comentador da TSF e da Rádio Renascença. É verdade que nunca escondeu a sua preferência clubística mas nessa altura era mesmo BB…C.