O debate Gomes-Marta: estalou o verniz
Finalmente, o debate.
Sintomaticamente na Sala do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa. Pois falou-se muito mais do passado que do futuro.
Depois de ouvir mais uma vez Carlos Marta, apetece-me perguntar: o que fazia este homem-máquina em Tondela?
Fernando Gomes jogou sempre à defesa, o seu adversário atacou com dois extremos. A plateia de notáveis tentou não reagir e conseguiu não equiparar-se aos figurantes do Preço Certo ou da Praça da Alegria (hellas!).
Até foi fácil encontrar o Wally!
Atrás de Marta, o camarada Hermínio. Parece que despertou um bocadinho quando se falou em verdade desportiva.
Quem ganhou o debate?
Bem, Marta foi eloquente, incisivo, entalou Gomes na questão do contrato de Paulo Bento e esteve claramente por cima a falar de arbitragem.
Gomes nunca se deu por vencido mas não precisava daquele papelinho.
Marta entrou quase de pantufas, lançou o ataque na primeira oportunidade e manteve-se em guarda.
Gomes estava nervoso e irritou-se (o que não pode acontecer num debate destes).
E ninguém falou no Apito Dourado!
Estou tentado a dar a vitória a Marta – e se calhar já dei – mas a verdade é que Fernando Gomes é, embora no sentido figurado, um leão. Todos sabemos como reage um leão quando é ferido…
No fundo, o debate teve apenas um efeito pirotécnico. Embora ambos os candidatos digam que não, tudo se vai decidir porta a porta, delegado a delegado. E como se aproxima o Natal…
Ah, esquecia-me: alguém viu o Joaquim Oliveira?