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PEDRO PROENÇA: «Quanto mais difícil o jogo mais gozo me dá!»

4 Novembro, 2010 878 visualizações

Pedro Proença foi testemunha do árbitro Fernando Valente Mendes no julgamento do processo originário do Apito Dourado, no qual Valente Mendes foi absolvido. Eis o que disse no tribunal de Gondomar:

“Em Lisboa houve duas escolas, uma derivada de Jorge Coroado e outra de Vitor Pereira. Houve uma s+erie de gente nova que foi assistente do Vitor Pereira, com a diferença de o Fernando ter rmais 5/6 anos do que nós. Digo com muito orgulho e também com alguma pena que o Fernando foi, daqueles que actuaram com o Vpereira, oque melhro condições tinha para fazer grande carreira, mas acabou por não acontecer porque era mais velho. Foi o melhor fiscal de linha e podia ter a melhor carreira enquanto árbitro. Muito estudioso, muito trabalhador, podia ter feito grande carreira enquantro árbitro internacional. Foi do melhor que encontrei a todos este nível. A nossa relação ultrapassou o caíítulo desportivo. Até pensei que fosse um equívoco quando o vi envolvido neste processo. 

Nunca pedi favores a ninguém e teria muita dificuldades que alguém dissesse o contrário em relação ao Fernando.

(pergunta o procurador: você não é um dos expontes máximos da nossa arbitragem?)

Se o diz, agradeço.

Quanto a prendas, recebo-as dos meus familiares. Sou director financeiro de uma empresa onde temos despesas de representação. Como árbitro internacionak existe uma norma de sã convivência que é o receber bem as pessoas, de aciompanhá-las, de almoçar nos sitios da terra, onde conhecemos novas realidades e posturas e tudo culmina no final do jogo com o oferta de aloi que é muito característico na zona. É uma norma que existe e acontece com toda a naturalidade. Nunca vi ninguém pôs isso em causa. Acontrece  na UEFA, na Liga e no quadro da FPF. Recebi aquilo que sempre considerei como uma forma de bom acolhimento.

Procurador: o futebol só tem 17 leis?

Há a Lei 18, que é a lei do bom senso. Há enquadramento culturais, geográficos, até da forma como as pessoas vivem o próprio sistema. Arbitar no Norte é diferente, as pessoas têm uma vivência muito mais acérrima. Não temos que faltar à verdade desportiva sabendo gerir um jogo de futebol. Em tudo na vida temos de ter bom senso.

Procurador – É por causa disso que o Nortre ganha mais vezes (sendo mais diícil apitar ali), não é por sentirem mais intimidade?

Vou considerar essa pergunta como ofensiva…Não conheço a palavra pressão na arbitragem. Há pessoas e árbitros que com ambientes mais hostis sentem essa pressão, sendo que no Norte… Os ambientes podem mexer na estrutura das pessoas.  O mediatismo de um processo qualquer também pode alterar a posição dos magistrados

Juiz: Está bem disposto, o humor é uma boa forma porque nos permite pelo absurdo estabelecer uma forma de conduta..

Procuador – Olhe, o que respondia se perguntassem se estava interesssado em apitar o Cascalheira de Baixo?

Não.

Procurador-  E depois, a comentar o jogo?

Que me recorde, não. Nos convivemos, não estamos em casúlos.

Procurador – Mas se lhe perguntassem se estava disponível com Cascalheira de Cima e de Baixo o que é que pensava?

Enquanto árbitro as minhas funções estão definidas e as minhas funções são arbitrar jogos, o que acontece nas cúpulas não me diz respeito. Estou sempre disponivel para arbitrar e quanto mais dificil for o desafio mais gozo me dá. E se calhar nessa situação teria todo o gozo em ir.

Procurador: Outros dizem que não querem ir…

Eu por acaso gosto muito da pressão.

Carlos duarte (árbitro e advogado): Lembra-se de apitar um jogo sem cometer um erro?

Nunca, cometo muitos erros. Na minha carreira também ja cometi erros de direito mas nenhum clube protestou os meus jogos. Os árbitros erram imensamente, é o problema de quem toma decisões.

Carlos Duarte- Existe alguma forma de averigiuar pelas imagens que determinado árbitro errou propositadamente?

Tenho muito dificudlade em fazer essa ginástica mental, não acredito que um árbitro entre num jogo com essa intenção. Nao sei como se consegue determinar isso.

Juiz – E se depois essa pessoa reconhece que errou de forma premeditada e diz eu ajudo?

Se há essa sequência…

Carlos Duarte – Há cultura latina de falar dos jogos?

As pessoas falam demais dizendo coisas que até nem fizeram, não acontece só na arbitragem. As pessoas falam demais fazendo muito menos do que aquilo que dizem.