FOLCLORE LUSITANO
Para que o quadro vernacular ficasse completo quanto a tudo o que se passa à volta da equipa de todos nós, Carlos Queiroz fez uma tatuagem.
Não sabemos se é uma daquelas tatuagens para sempre ou uma daquelas que desaparecem ao fim do 3.º banho. Desconheço também se o nosso seleccionador toma banho todos os dias…
Mas não é não é isso que importa e que aqui me fez picar o ponto com os fregueses deste blogue de fundo de quintal.
O que achei realmente incrível foi o baptismo e a respectiva aspersão santa de Queiroz, denominando os nossos craques de NAVEGADORES.
Confesso que, face à queda de alguns elementos da nossa equipa para contratos publicitários, pensei que vinha aí o anúncio de um GPS, o que até tinha alguma lógica, tendo em conta a desorientação que parece ter tomado de assalto a equipa portuguesa, depois de ter sido possível ver Nani no pic-nic do Modelo a ser empurrado pelos colegas (e eu que pensava que ele tinha um problema no ombro…).
A verdade é que os quadros etnográficos a propósito dos “Navegadores” que não quiseram ser “Adamastores” vão continuar a suceder-se graças também à necessidade dos diversos meios de comunicação de pôr o povinho a opinar sobre coisa nenhuma em vez de ligar para o professor Bambo, ao domingo à noite, na Romântica FM, para o ouvir adivinhar, em francês, todos os pormenores das respectivas vidinhas.
Só gostava de lembrar uma particularidade dos verdadeiros navegadores quinhentistas: eles e os espanhóis eram os únicos que obravam nos porões dos barcos. Situação que também me faz temer o pior embora me separem 8 mil quilómetros da África do Sul.