UMA AVE CONTRA A ÁGUIA
foto de José Moreira
Há uma equipa que passou a estar no centro de todas as atenções: o Rio Ave.
E outra, a que vai receber o Braga na última jornada, que também pode ter uma palavra a dizer na decisão do título: o Nacional da Madeira.
Mas, essencialmente, o busílis da questão estará na refrega entre uma águia e uma ave que vai por esse rio abaixo até entrar na foz do Tejo.
Para ser campeão, o Benfica não vai ter de ficar a pensar que alguém vai entrar pela Madeira dentro. Mas não será fácil. Os nervos serão muitos e no outro lado vai estar uma equipa fortemente estimulada.
Vamos, por isso, ter a Luz a ferro e fogo.
Quanto ao clássico que acabou há pouco, foi sem espinhas. O FC Porto demonstrou que é uma equipa com alma pois só assim é que uma equipa consegue marcar dois golos com menos um homem em campo. O Benfica, pelo seu lado, foi uma equipa sem calma, como se previa. Depois de ter empatado o jogo, não parou para pensar…
Ficou, assim, a festa adiada, festa que aconteceu paradoxalmente entre os adeptos portistas no momento em que a equipa ficou fora da Liga dos Campeões. Ficou provado que é mais importante não deixar o Benfica ganhar que ganhar. Também é com esta massa que se fez este FC Porto imperativo e imperial.
Quanto à arbitragem de Olegário Benquerença, pecou por ter definido um critério disciplinar curto. Pôs-se a jeito e acabou por prejudicar a primeira equipa que pisou a linha vermelha, embora até esse momento fosse o Benfica claramente a equipa mais amarelada… Não foi propriamente uma arbitragem escandalosa mas foi certamente uma arbitragem pouco conseguida. Tudo o que se disser em cima disto é apenas o resultado de mágoas que também têm de ser curtidas.
