Lado B

Futebol pode fazer mais

24 Dezembro, 2013 0

O Natal é sempre uma época propícia a atitudes bonitas mas também casuísticas, ainda assim menos registadas noutras alturas do ano. Quase todos ficam mais sensíveis aos graves problemas que os rodeiam, pois afinal há sempre alguém numa situação mais difícil do que a que enfrentamos. Já há muito que se tinha percebido que Ruben Amorim é um jogador diferente. As palavras, as atitudes, a maneira de estar denunciam-no; por isso, o facto de ter aceitado o convite de Record e ter passado a noite a minorar o sofrimento dos que dormem na rua não surpreende.

As conclusões a que chega também não. Vale a pena ler as páginas escritas por Nuno Farinha e Vanda Cipriano, com fotos de Paulo Calado. Muito do que é hoje Portugal está nestas imagens, nestes sentimentos, nesta tragédia que assola as ruas de Lisboa e se espalha desgraçadamente por todas as cidades do país. O que fazer, se quem nos governa não quer saber?

O futebol pode fazer mais. Sei que há jogadores, conheço alguns, que ajudam instituições ou visitam hospitais sem esperar nada em troca ou recusando publicidade, mas atos como os de Ruben Amorim chamam a atenção para problemas muito reais e que por uma razão ou por outra tantas vezes nos passam ao lado. E o futebol nacional, ao contrário de outros espalhados pela Europa fora, faz pouco pelas instituições de solidariedade que vão construindo aquilo em que o Estado falha. Abraçar causas, dar a imagem por quem luta contra a miséria ou a doença, devia ser uma prioridade de quem tem tanto impacto social, num país que precisa de mais esperança, mais heróis, mais movimentos cívicos que reclamem o que são os nossos direitos, liberdades e garantias, hoje tão esquecidos em favor da sacra economia.

Se esta excelente reportagem com Amorim servir para acordar algumas consciências e levar os heróis dos nossos miúdos e graúdos a abraçar cada um deles uma causa importante, pode ser que alguns portugueses percebam que há vida para além do futebol. E que ajudem a pressionar quem nos lidera a olhar com outros olhos para a miséria que se instalou nas ruas. Carlos Martins, por exemplo, sabe bem e por experiência própria do que é capaz a solidariedade dos portugueses quando unidos num bom propósito. É isso que os futebolistas e os outros desportistas nacionais de elite podem fazer pelo seu povo. Para além de os alegrarem com vitórias, ajudá-los a tornar menos difícil uma vida em que devia ser Natal mais vezes, não apenas em dezembro. Não diz a canção que o Natal é quando um homem quiser? Então força.

Toy tocam em Lisboa

13 Dezembro, 2013 0

 

Os britânicos TOY estreiam-se em Lisboa, no próximo dia 5 de abril, na sala TMN ao Vivo. O quinteto oriundo de Brighton traz até à capital o seu mais recente registo de estúdio, “Join the Dots”, acabado de lançar no passado dia 9 deste mês.

O grupo que se encontra neste momento a acompanhar a tournée de Placebo, já atuou em algumas das principais arenas mundiais e viu o seu álbum de estreia considerado uma das melhores revelações de 2012. No presente ano, ainda antes do lançamento do segundo longa-duração, contou com uma nomeação para “Best New Act” nos famosos Q Awards, da prestigiada revista de música Q.

Tom Dougall (voz e guitarra), Dominic O’Dair (guitarra), Maxim Barron (baixo e voz), Alejandra Diez (sintetizador e programação) e Charlie Salvidge (bateria e voz), não deixaram ninguém indiferente com o seu estilo rock psicadélico, krautrock e post-punk. Com apenas dois anos de vida já angariaram fiéis seguidores e conseguiram surpreender o público com a opinião de alguns dos principais críticos da cena musical.

TMN ao Vivo (5 de abril)
Abertura de portas: 20h00
Início do Espetáculo: 21h00

As melhoras na economia

12 Dezembro, 2013 0

As melhoras dos indíces económicos dão-me vontade de rir. Ou de chorar, confesso, não sei bem. Há uma enorme confusão sobre o que é importante nas cabeças de hoje. Pelos menos nas dos que mandam. Este cartoon mostra-o de forma simples, simplista, certeira. Infelizmente, é mesmo isto.

Mais um nome para o Alive’2014

 

 

Chet Faker é o novo nome confirmado para o Optimus Alive'14. O projeto australiano, liderado pelo cantor Nicholas Murphy, irá subir ao Palco Heineken, dia 12 de julho. Dono de uma voz vibrante e poderosa Chet Faker conquistou o público e a crítica mesmo antes do lançamento do seu primeiro EP, “Thinking in Textures”. No ano em que prepara o lançamento do álbum de estreia o cantor australiano visita Portugal para um concerto único no Passeio Marítimo de Algés.

A estreia de Chet Faker em Portugal, que teve lugar no passado mês de junho, contou com um concerto esgotado na discoteca Lux e diz quem presenciou que foi uma das melhores atuações do ano. Apesar da sua curta carreira o artista australiano já foi galardoado com um Rolling Stone Australian Award, para “Best Independent Release”, e dois Jagermeister Independent Music Awards, para “Independent Single/EP” e “Breakthrough Independent Artist”.

Recentemente Chet Faker lançou o EP Lockjaw com o seu conterrâneo Flume. Tal como aconteceu com os seus anteriores registos, esta foi mais uma prova da excelente aceitação por parte dos fãs, bem como da comunicação social.

O Optimus Alive'14 tem data marcada para 10, 11 e 12 de julho, no Passeio Marítimo de Algés. Os bilhetes do festival já se encontram à venda nos locais habituais.

Artistas já confirmados: Arctic Monkeys, Caribou, Chet Faker, Imagine Dragons, The Black Keys e The Lumineers.

Imagine Dragons no palco Heineken do Alive

A banda norte-americana Imagine Dragons, que se estreou este ano em Portugal com um concerto esgotado no Coliseu dos Recreios, é o primeiro nome anunciado para o Palco Heineken. O quarteto oriundo de Las Vegas, Nevada, irá atuar no primeiro dia do festival Optimus Alive, 10 de julho, no mesmo dia dos já confirmados Arctic Monkeys e Lumineers.

O grupo liderado por Dan Reynolds alcançou o reconhecimento internacional após o lançamento do disco de estreia, “Night Visions”, editado em setembro de 2012 e que atingiu rapidamente o 2.º lugar no top de vendas nos Estados Unidos. Já o single de antecipação do primeiro longa-duração, “It's Time”, deu pistas que os Imagine Dragons se iriam destacar. Prova disso foi a nomeação para um MTV VMA em 2012, na categoria de “Melhor Vídeo Rock”, e um Disco de Platina, por vendas superiores a 1 milhão de unidades.

Após a bem sucedida tournée mundial de apresentação do álbum de estreia, os Imagine Dragons foram considerados pelas reconhecidas revistas de música Billboard e Rolling Stone como a banda revelação de 2013. Na sua formação, para além do vocalista, conta com o guitarrista Wayne Sermon, o baixista Ben McKee e o baterista Daniel Platzman.

O Optimus Alive'14 tem data marcada para 10, 11 e 12 de julho, no Passeio Marítimo de Algés. Os bilhetes do festival já se encontram à venda nos locais habituais.

Não matem já o Dragão

6 Dezembro, 2013 0

Há por aí muita gente satisfeita com os maus resultados do FC Porto e consequente 3.º lugar na Liga, mas se há coisa que anos de jornalismo desportivo me ensinaram é que é demasiado cedo para passar a certidão de óbito à equipa portista. Percebo a alegria. São muitos e muitos anos a ganhar, o que deixa os adeptos dos rivais ávidos de derrotas adversárias, mas, repito, é cedo para deitarem foguetes. Basta usar os exemplos das épocas passadas para ilustrar como é desajustado o frenesim. O tão criticado conjunto de Vítor Pereira chegou a ter 5 pontos de atraso para o Benfica de Jesus e depois o resultado foi o que se viu: o de (quase) sempre.

Então a crise é passageira? Depende muito, mas muito mesmo, de como este momento for encarado por dirigentes, técnicos e jogadores. Começando pela SAD, é necessário reconhecer que o dragão é hoje mais fraco do que nos últimos três anos. Partiu muita qualidade – Falcão, Hulk, João Moutinho e James, para citar apenas os mais mediáticos – e alguns dos que chegaram, apesar de terem representado investimentos avultados, ainda não justificaram, não só o dinheiro gasto, como até a inclusão na equipa. Ora se quem perde Moutinho é obrigado a substituí-lo com Defour ou Herrera, terá obrigatoriamente dificuldades. Pior, nas alas perdeu-se velocidade e brilhantismo para se ter apenas qualidade q.b. e isto faz com que se torne óbvio que é imperioso reforçar se a ideia é ir mais longe. Porque houve, de facto, investimentos pouco conseguidos, mas também devido ao facto de o plantel não parecer ideal para jogar no sistema em voga no clube.

Aqui entra Paulo Fonseca. Muito criticado, umas vezes justamente, outras de forma indecorosa e com insinuações lamentáveis, o ex-técnico do Paços parece algo perdido nas apostas realizadas. Será que este grupo é o mais indicado para jogar em 4x3x3? Josué na ala é uma escolha acertada? Herrera joga porque merece ou devido ao forte investimento realizado? Tudo isto são questões no ar que o treinador não precisa de responder na sala de imprensa mas sim no campo. Quanto antes. A morrer, que seja com as suas ideias. Muito do futuro, seu e da equipa, dependerá da clareza com que enfrentar estas e outras problemáticas. Tem de perder o medo e arriscar o ataque como defesa.

Por fim, os jogadores. Quem tem Helton ou Lucho sabe que possui no campo extensões de profissionalismo, mas como estará a cabeça de Fernando, que não só não sabe se jogará na Seleção como ainda não renovou? Ou de Jackson, constantemente badalado para aqui e para ali. Ou eles focam, ou…

Black Keys no Alive

 

Os norte-americanos The Black Keys, um dos maiores sucessos dos últimos tempos, estreiam-se no Optimus Alive'14, no dia 11 de Julho. A dupla Dan Auerbach e Patrick Carney apresenta-se no Palco Optimus para a sua única atuação em Portugal no ano de 2014.

Os The Black Keys não são um caso de sucesso instantâneo, construíram a carreira de forma cimentada, sem pressa, nem preocupação com o estrelato. Optaram antes por ganhar fama como uma das bandas mais trabalhadoras da actualidade, editando discos a uma velocidade vertiginosa e fazendo digressões constantes.

O estilo garage rock que os caracteriza começou a ganhar forma com o primeiro longa-duração, “The Big Come Up” (2002) e foi sendo aprimorado com o passar dos discos, “Thickfreakness” (2003), “Rubber Factory” (2004), “Magic Potion” (2006), “Attack & Release” (2008) e “Brothers” (2010), até chegar ao mais recente “El Camino”, editado no final de 2011.

Os The Black Keys são os grandes cabeças de cartaz da noite de 11 de Julho e juntam-se aos já confirmados Arctic Monkeys e The Lumineers.