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Há por aí muita gente satisfeita com os maus resultados do FC Porto e consequente 3.º lugar na Liga, mas se há coisa que anos de jornalismo desportivo me ensinaram é que é demasiado cedo para passa..." /> Não matem já o Dragão - Lado B - Record

Lado B

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Não matem já o Dragão

6 Dezembro, 2013 878 visualizações

Há por aí muita gente satisfeita com os maus resultados do FC Porto e consequente 3.º lugar na Liga, mas se há coisa que anos de jornalismo desportivo me ensinaram é que é demasiado cedo para passar a certidão de óbito à equipa portista. Percebo a alegria. São muitos e muitos anos a ganhar, o que deixa os adeptos dos rivais ávidos de derrotas adversárias, mas, repito, é cedo para deitarem foguetes. Basta usar os exemplos das épocas passadas para ilustrar como é desajustado o frenesim. O tão criticado conjunto de Vítor Pereira chegou a ter 5 pontos de atraso para o Benfica de Jesus e depois o resultado foi o que se viu: o de (quase) sempre.

Então a crise é passageira? Depende muito, mas muito mesmo, de como este momento for encarado por dirigentes, técnicos e jogadores. Começando pela SAD, é necessário reconhecer que o dragão é hoje mais fraco do que nos últimos três anos. Partiu muita qualidade – Falcão, Hulk, João Moutinho e James, para citar apenas os mais mediáticos – e alguns dos que chegaram, apesar de terem representado investimentos avultados, ainda não justificaram, não só o dinheiro gasto, como até a inclusão na equipa. Ora se quem perde Moutinho é obrigado a substituí-lo com Defour ou Herrera, terá obrigatoriamente dificuldades. Pior, nas alas perdeu-se velocidade e brilhantismo para se ter apenas qualidade q.b. e isto faz com que se torne óbvio que é imperioso reforçar se a ideia é ir mais longe. Porque houve, de facto, investimentos pouco conseguidos, mas também devido ao facto de o plantel não parecer ideal para jogar no sistema em voga no clube.

Aqui entra Paulo Fonseca. Muito criticado, umas vezes justamente, outras de forma indecorosa e com insinuações lamentáveis, o ex-técnico do Paços parece algo perdido nas apostas realizadas. Será que este grupo é o mais indicado para jogar em 4x3x3? Josué na ala é uma escolha acertada? Herrera joga porque merece ou devido ao forte investimento realizado? Tudo isto são questões no ar que o treinador não precisa de responder na sala de imprensa mas sim no campo. Quanto antes. A morrer, que seja com as suas ideias. Muito do futuro, seu e da equipa, dependerá da clareza com que enfrentar estas e outras problemáticas. Tem de perder o medo e arriscar o ataque como defesa.

Por fim, os jogadores. Quem tem Helton ou Lucho sabe que possui no campo extensões de profissionalismo, mas como estará a cabeça de Fernando, que não só não sabe se jogará na Seleção como ainda não renovou? Ou de Jackson, constantemente badalado para aqui e para ali. Ou eles focam, ou…