— ler mais..

Faltam 90 minutos, a cada um dos candidatos, para se saber quem é o campeão português 2015/16. Numa época cansativa pela quantidade de polémica e picardias, interessa-me mais pensar – em vez..." /> — ler mais..

Faltam 90 minutos, a cada um dos candidatos, para se saber quem é o campeão português 2015/16. Numa época cansativa pela quantidade de polémica e picardias, interessa-me mais pensar – em vez..." /> Honores liga - Record

Honores liga

Quem merece ser campeão

9 Maio, 2016 0

sportingxbenficavitoroliveira

Faltam 90 minutos, a cada um dos candidatos, para se saber quem é o campeão português 2015/16. Numa época cansativa pela quantidade de polémica e picardias, interessa-me mais pensar – em vez de perder tempo com isso – em quem merece mais este título.

A resposta, para ser sincero, podia cair para os dois lados. Seja qual for o campeão, goste-se mais de um ou de outro, parece-me que o título ficará bem entregue.

Se for o Sporting, pode defender-se que, em termos gerais, jogou melhor futebol. Se for o Benfica, é justo pela fantástica recuperação, depois de ter estado a 7 pontos do 1.º lugar. Ironia do destino: o Benfica de Rui Vitória pode ser campeão depois de recuperar 7 pontos para o líder, ao contrário de um Benfica de Jorge Jesus que perdeu um título para o FC Porto, de Vítor Pereira, depois de uma vantagem semelhante.

Voltando ao início: quando uma equipa ultrapassa a barreira dos 80 pontos – neste caso já passaram as duas – fez uma campanha que, em princípio, seria suficiente para conquistar o título. Comparando, o FC Porto de José Mourinho terminou a Liga 2002/03 com 86 pontos. O Benfica tem agora 85 e o Sporting 83.

Dúvida, perante a análise anterior: é preferível jogar melhor mais vezes (não sei se o Sporting jogou melhor assim muito mais vezes) ou ser pragmático nos resultados? A discussão daria para muita escrita e não é esse o propósito do post. O campeonato vai ser decidido mesmo na última jornada e é muito melhor ser assim, com emoção até ao final.

Curiosidade em relação à última jornada. Quem entra mais desfalcado em campo com o facto de não poder contar com um jogador titular? O Sporting não terá Adrien e essa ausência parece-me bem mais preocupante do que a de Renato Sanches no Benfica. Se fosse o Renato dos dois primeiros meses na equipa principal, talvez não. O Renato dos últimos tempos, nem por isso. Apesar deste comentário, continuo a acreditar que o benfiquista pode vir a ser um jogador muito acima da média.

E o melhor jogador do campeonato, quem foi? Não consigo escolher só um, escolho dois: João Mário e Jonas. Layún podia estar neste lote se tivesse feito a época inteira ao mesmo nível.

Outro caso, já resolvido. O Chaves já subiu ao escalão principal. Na próxima época o campeonato vai voltar a Trás os Montes. Justíssimo! Depois do drama do último minuto na época passada, os “valentes transmontanos” merecem, mais do que ninguém, esta subida.

Por último: quanto tempo demorará a Académica telefonar a Vítor Oliveira? Querem voltar rapidamente à 1.ª Liga? Liguem ao homem.

 

 

Sporting e um penálti do tamanho de Arouca

9 Novembro, 2015 0

Nota prévia: este post não é a defender o Benfica nem o FC Porto (para evitar os comentários). O único prejudicado no lance em causa foi o Arouca. Como é habitual no nosso futebol, se houver dúvida prejudica-se o pequeno, que tem menos gente a chatear.


Lito Vidigal, treinador de quem gosto – embora ele insista que eu não gosto dele – proporcionou-nos um dos momentos mais engraçados da Liga NOS. Aquele voo picado, depois de dois passos em falso, após o empurrão de Naldo pelas costas vai entrar nas melhores imagens do campeonato.

Naldo reagiu a quente à provocação do treinador do Arouca, que o impediu de seguir rapidamente com a bola, e Cosme Machado, o árbitro, decidiu bem ao expulsar os dois. O problema, na ótica dos homens da casa, é que o defesa-central do Sporting já não devia estar em campo nessa altura. Quatro minutos antes cometeu um dos penáltis mais bem disfarçados que vi e passou impune.

Hoje contaram-me logo ao início da dia: um famoso tribunal formado por ex-árbitros, e normalmente apontado como dono e senhor de toda a verdade sobre os casos de arbitragem, foi unânime, considerou que não houve falta! Ok, devo ter visto mal o lance… (esta última frase foi ironia).

À noite, num programa na tv, passa o lance em loop (repetição seguida da imagem, vezes sem conta) com uma voz de fundo, confesso que não percebi quem era o comentador sportinguista, perante a imagem, a repetir “ele escorregou”. Tinha razão, Naldo escorregou mas na imagem vista por trás da baliza, e em câmera lenta, consegue perceber-se bem: depois de escorregar, Naldo vai a cair em frente mas olha para a direita e muda a trajetória da queda e impede o adversário de se fazer ao lance.

O árbitro não considerou falta, o auxiliar não deve ter visto, e o Arouca não teve direito a um penálti (que podia falhar, claro) e a ficar a jogar contra 10, pois era vermelho direto para o sportinguista. Caso tivesse acontecido assim, Naldo já não empurraria Lito Vidigal, etc, etc.

Pensei: isto nunca vai mudar, só com vídeo árbitro é que isto ia ao lugar. Mas, esperem lá, se houvesse vídeo árbitro quem estaria a ver as imagens seriam especialistas da arbitragem, certo? Tipo os do tribunal? Pois, não tenho mais perguntas.

P.S. Como parece que há muitos adeptos incomodados por considerarem que o post é para atacar o Sporting – e como gosto de esclarecer os estimados leitores – aqui deixo outros dois exemplos, assim tipo para agradar a toda a gente. Estou a escrever de memória mas não assinalarem este penálti, para mim, está ao nível de terem assinalado um a favor do Benfica na época 2004/05 no jogo contra o Estoril, na Luz (2-1) o célebre voo do Karadas. Ao mesmo nível coloco outro assinalado a favor do FC Porto na receção ao V. Guimarães (1-0) com Quintero a atirar-se para as costas do defesa do Vitória – esse jogo até foi apitado por Pedro Proença, para mim o melhor português de sempre e na altura considerado o melhor árbitro do mundo. Pronto, assim já estão citados lances que beneficiaram os três grandes.

O livro do Tovar e os golos de Maradona (e do Messi)

3 Setembro, 2015 0

Hoje fui ao lançamento de um livro. Ainda não o li, claro, mas bastou passar os olhos pelas primeiras páginas para perceber que vou adorar a obra. O título é tão estranho como incentivador: Dicionário sentimental de futebol. O autor é o meu amigo Rui Miguel Tovar, também meu antigo camarada de armas no Record.

 

Mesmo sem ter ainda lido aconselho desde já aos leitores do blog pois para quem gosta de futebol, e não me refiro a clubes ou ao fanatismo cego que leva ao afastamento da razão, quem gosta de futebol, dizia, só pode ficar deliciado com as pequenas histórias que o Tovar conta. E como em Portugal poucos escrevem como ele, o livro tem tudo para ser um rebuçado para os tais que gostam de ler sobre futebol. Na capa aparece uma imagem de um dos maiores intérpretes de sempre deste jogo, Maradona.

 

Chego a casa e, antes de ler, dou um salto à internet e tropeço neste vídeo. Já o conhecia. Já o vi várias vezes e até estive para o partilhar aqui. Pensei: não há coincidências. E aqui fica. Já escrevi várias vezes, não gosto de comparar o incomparável. No entanto, não vejo o vídeo como uma comparação, prefiro vê-lo como uma série de coincidências incríveis, alguns golos parecem mesmo cópias. Para mim, Diego Maradona foi o melhor de sempre mas isso até nem interessa nada, é só uma questão de gosto. Aqui fica, apenas para que desfrutem.

 

 

 


Marco Van… Matias

22 Agosto, 2015 0

Marco Matias, o extremo formado no Sporting e que recentemente trocou o Nacional pelo Sheffield Wednesday marcou o golo de uma vida. Não querendo comparar a qualidade do português, um bom jogador, com Marco Van Basten, uma estrela mundial, o golo fez-me lembrar os remates fantásticos do antigo internacional holandês. Aqui fica o remate que silenciou Ellan Road, o estádio do Leeds (o jogo terminou 1-1). Para ver e rever. Parabéns Marco!

~

Afinal o fair-play não é uma treta

19 Agosto, 2015 0

O caso não é inédito, lembro-me de ter visto um semelhante num jogo do Ajax, mas um pormenor parece-me novidade: foi o árbitro quem sugeriu.

Aconteceu na 3.ª Liga inglesa mas para o caso isso não interessa nada, até podia ter sido no campeonato do Bangladesh. Uma equipa, no caso o Doncaster, ia devolver a bola ao adversário após um lançamento. Sem querer, o jogador fez um chapéu ao guarda-redes. O árbitro, claro, validou o golo, apesar do autor explicar que não queria marcar. Foi nessa altura que o juiz sugeriu aos jogadores do Doncaster sofrerem um golo, recolocando assim a verdade desportiva no jogo.

O Bury marcou então o, muito provavelmente, golo mais fácil da sua história. Como se vê, ao contrário do que acredita um famoso treinador português, o fair-play não é uma treta, basta os jogadores saberem estar.

,

A vantagem de um jogador confiante

14 Agosto, 2015 0

Começou a Liga 15/16. O Sporting, candidato ao título, ganhou com justiça ao estreante Tondela, por 2-1, chegando à vantagem no último minuto. Por ironia, os leões conseguiram o 2-1 de penálti – bem assinalado – depois de terem sofrido um golo que se houvesse recurso ao vídeo teria sido anulado, por mão na bola. Carlos Xistra não viu ou então ficou com dúvidas e fez o que mandam as regras: beneficiou quem atacava.

O jogo não foi propriamente o que me levou a escrever este post mas sim a exibição de um jogador, o central Bruno Nascimento. A prestação do brasileiro foi de grande nível e lembrei-me do mesmo jogador há três épocas, quando era um dos esteios do Estoril de Marco Silva. Era tão bom que os alemães do Colónia o levaram.

Bruno Nascimento voltou à Amoreira na época passada mas com a dupla Yohan-Ruben Fernandes como titular desde o ano anterior, não teve hipóteses de chegar ao onze. Acabou por ser o terceiro ou quarto central do plantel e pouco jogou. No entanto, alinhou na Luz, contra o Benfica, quando a dupla titular estava impedida de jogar. Nessa altura, sem ritmo e com a confiança em índices negativos, a tarde do brasileiro foi um desastre, sendo apontado como um dos responsáveis pela goleada (6-0). Como conhecia bem o defesa estranhei estar tão em baixo.


Hoje voltei a ver o “velho” Bruno Nascimento, o das grandes noites, das exibições imperiais. Incrível como um jogador confiante por ser titular pode exibir-se ao seu melhor nível e como tudo lhe pode correr mal quando está a maior parte da época na condição de suplente. Lembrei-me de outro exemplo: o Steven Vitória do Estoril e o que jogou no Dragão pelo Benfica, depois de quase um ano “sem calçar.”

Só mais uma nota, relativa ao jogo mas não ao central. Vi pela primeira vez o venezuelano Murillo e fiquei espantado com a qualidade do miúdo. Por ironia, foi o atacante cedido pelo Benfica que fez o penálti no último minuto mas azares desses só acontecem a quem lá anda dentro. Não costumo analisar jogadores quando os vejo apenas uma vez mas acho que este miúdo promete. Assim de repente, parece-me um bocadinho melhor do que Ola John, o recordista na Luz de “oportunidades para mostrar o que vale…”

Grande vitória das miúdas do Fofó

Na época passada fui, pela primeira vez na carreira, a um jogo de futebol feminino. Já tinha visto jogos da Champions na tv e quando há Mundial feminino vejo os jogos que posso, não por obrigação profissional mas porque gosto, não só pela qualidade mas pelo futebol praticado sem maldade.

Claro que quando ia a caminho do velhinho Estádio Francisco Lázaro sabia ao que ia. Não esperava ver um espetacular jogo de bola mas ia muito curioso em relação à qualidade do Fofó, líder do campeonato e pronto para fazer a festa do título nessa tarde. O jogo não teve grande história pois foi quase a crónica de um título anunciado. O Fofó goleou a Fundaçao Laura Santos, por 5-1, mas apesar do resultado dilatado deu para ver como as meninas de Benfica jogavam bem.

No final fiz a reportagem, falei com várias jogadores e senti a sua felicidade com a conquista do título. O futebol na sua pureza, jogam por prazer, não ganham fortunas mas entregam-se à causa com alma. Com essa alegria contagiante conquistaram-me também a mim. Como um jovem em início de carreira, que passa a torcer pelos primeiros clubes com os quais convive de perto, passei a ser adepto deste Fofó.

Um mês depois fui à final da Taça de Portugal e vi nova vitória do clube que o carismático presidente Domingos Estanislau comanda há décadas. Dessa vez, perante uma equipa mais forte, o Albergaria, venceram apenas por 1-0, no prolongamento. Lá entrevistei mais duas jogadoras e passei a seguir as novidades da equipa no Facebook.

Quando a candidatura para jogar o seu grupo de apuramento da Champions em casa foi rejeitada, falei com o presidente. Estava um pouco desiludido por não poder jogar em Lisboa mas fez-me ver a coisa de outra forma: “para as miúdas é um prémio irem à Croácia e elas merecem.”

Há três dias fiquei triste ao saber que o Fofó tinha perdido (2-1) o primeiro jogo na fase de apuramento para os 16 avos de final da Champions. Pior, segundo li sofreram um golo marcado com a mão. Não conheço as equipas adversárias mas pensei: ainda podem passar, se vencerem os dois jogos. O problema era o segundo duelo ser contra o Osijek, que além de jogar em casa goleara (4-0) o Noroc na 1.ª jornada.

Como estou de férias à noite ainda nem sabia o resultado. No facebook perguntei à Joana Flores, uma das craques da equipa, o resultado e a boa notícia surgiu de imediato: “Ganhámos 3-0!” Domingo o Fofó joga a partida decisiva e não lhe chega vencer, precisa do resultado do outro jogo do grupo. De certeza que a equipa treinada por Pedro Bouças vai vencer e espero que consigam o apuramento. E se não o conseguirem, tenho a certeza que não será por falta de entrega porque como o clube anunciou ontem: “Se cairmos será de pé!” Boa sorte Fofó!


Cérebro ganhou contra o medo

10 Agosto, 2015 0

No post anterior (este) antecipei que JJ ia ganhar Supertaça. O meu tiro era certeiro, claro, pois foi baseado nas declarações do treinador do Sporting, ou seja, ele ganharia sempre.

Venceu o Sporting mas não me parece uma vitória de um treinador cerebral. Ganhou porque foi melhor equipa, jogou mais, entrou para vencer. Isto frente a um adversário mais fraco, individual, coletivamente e com muito menos atitude, vontade de vencer, chamem-lhe o que quiserem, e era aqui que queria chegar pois o jogo revelou que JJ se enganou nas declarações anteriores à Supertaça.

O Benfica não está igual ao do seu tempo, como Rui Vitória mostrou em termos táticos. No entanto, revelou algo do seu antigo treinador, algo que o Benfica de JJ mostrava quando defrontava adversários mais poderosos: medo. Nesse aspeto, infelizmente para os adeptos encarnados, as águias não mudaram, apesar de terem trocado de treinador.


De resto, fiquei também desiludido com JJ no final do jogo. Pensei que o mestre da tática nos ia explicar a todos que o golo do Sporting nascera de um lance imaginado por si. O disparo de Carrillo a desviar em Teo pensei que fosse uma jogada de laboratório preparada durante a semana. Afinal não foi, a jogada foi mesmo fortuita.

Além de o Sporting ter sido melhor e de ter merecido vencer, ficam duas notas negativas neste jogo, ambas por parte da equipa de arbitragem. O auxiliar anulou um golo limpo aos leões – algo que JJ ficou a saber logo de seguida e “atirou à cara” do 4º árbitro – e Jorge Sousa não considerou penálti uma falta clara de Carrillo sobre Gaitán. Imaginem, estimados leitores, o que seria com a situação ao contrário: o Benfica a vencer por 1-0 e o árbitro não assinalar uma grande penalidade clara a favor do Sporting. Nem quero imaginar…

Como aperitivo para a época a Supertaça foi um bom jogo. Provou o anunciado por JJ: a Liga vai mesmo ter três candidatos. Concordo com esse aspeto mas discordo no seu mote: o Sporting é candidato ao título porque tem boa equipa. Juntou à base da época passada craques como Teo, Ruiz e Aquilani e ainda tem João Pereira no lugar de Cédric, por exemplo. Ou seja, os leões estão com muitas soluções e assim é mais fácil lutar pelo título mas estaria na corrida fosse Leonardo Jardim, Marco Silva ou Manuel Machado o treinador, naturalmente é candidato com JJ.

Por último, uma pequena nota. JJ guardou uma substituição para os últimos 30 segundos. Compreendo estas manobras quando uma equipa mais pequena está a conseguir um resultado positivo contra outra maior. Quando a equipa mais forte, a que tem melhores jogadores, está a vencer e até a dominar já não consigo entender. Ou melhor, não entenderia se fosse Guardiola ou outro dos super treinadores do mundo a fazer uma substituição assim. Sendo feita por um técnico que passou quase 20 anos em clubes pequenos até consigo entender. Há coisas que nem o tempo mudam e a essência é uma delas.

P.S. Antes que apareçam os comentários do costume, a chamarem-me lampião com azia ou algo do género, deixo aqui um aviso a quem não me conhece. Não sou adepto de nenhum dos três grandes, por isso, era-me completamente indiferente o vencedor da Supertaça. Na época passada gostei da vitória do Sporting na Taça de Portugal pois os leões eram treinados por Marco Silva. Eu, como outros estorilistas, sou “Marcosilvista” e fico satisfeito com os seus triunfos. E por ser fã do antigo treinador do Estoril considero que o Benfica cometeu um erro na escolha do técnico para esta época, embora também simpatize com Rui Vitória. O tempo nos mostrará se os encarnados não ficavam mais fortes com o ex-técnico do Sporting. Não porque seria uma vingança para com o rival mas por Marco Silva ser melhor treinador do que os dois que disputaram esta Supertaça.

O cérebro vai ganhar (ou não) a Supertaça

8 Agosto, 2015 0

Há umas semanas fiquei a saber que antes de JJ chegar ao Sporting os leões não eram candidatos ao título – dito por ele na apresentação. Agora fiquei a saber que JJ já ganhou a  Supertaça do próximo domingo porque, segundo o próprio, o Sporting já adquiriu os seus processos e o Benfica ainda joga à sua maneira.

Acho é que os adeptos do Sporting, caso o Benfica vença a Supertaça, não vão gostar de perder, vão estar-se nas tintas para o facto de perderem contra o cérebro que é agora seu treinador.

Conheço o JJ desde os tempos do Estrela, ou seja, quando não ganhava nada mas no final dos treinos gostava de ficar à conversa com os jornalistas. Já nessa altura dizia que nenhuma equipa em Portugal defendia melhor que o Estrela!


Ou seja, estas afirmações de agora não me espantam nada. O que me espanta é um clube ter dado miúdos da “melhor formação do mundo” aos dois treinadores anteriores e agora dar ao JJ craques como Teo, Ruiz, Aquilani. Tal como me espantou a tal equipa fantástica criada pelo cérebro ter perdido dois campeonatos para o Vítor Pereira, depois de ter conseguido uma confortável vantagem pontual. Ou ter perdido 5-0 no Dragão numa noite na qual o cérebro achou que colocar o David Luiz a lateral-esquerdo era a solução ideal para travar o Hulk.

Pensando melhor, nada disto me espanta porque, como disse, conheço o JJ desde os tempos do Estrela.

O Beira-Mar não morreu!

1 Agosto, 2015 0

Fiquei triste com a queda do Beira-Mar para os distritais. O clube de Aveiro foi, durante muitos anos, a bandeira da sua cidade e conseguiu o que muitos da sua dimensão sonham: venceu a Taça de Portugal (1999). Teve também nos seus quadros alguém que apenas mais dois clubes portugueses conseguiram, o grande Eusébio (Benfica e União de Tomar).


Infelizmente, na ótica dos aveirenses, os clubes não vivem da sua história e a má gestão dos últimos anos, depois de a SAD ter passado para as mãos de alguém que não cumpriu o que prometeu, o Beira-Mar nem no CNS se conseguiu inscrever e vai mesmo para a 2.ª Distrital de Aveiro. A SAD teve culpa mas continuo a pensar que o primeiro passo para este triste final foi a saída do Estádio Mário Duarte, passando a jogar no gigantesco mas pouco acolhedor Estádio de Aveiro.

Sei bem, ou melhor, felizmente não sei mas estive quase a saber, o que os adeptos do Beira-Mar estão a sentir. Em 2005 o Estoril esteve quase quase a passar pelo mesmo, salvou-se no dia limite. Mal se tornou pública a notícia da queda nos Distritais, um amigo adepto do clube de Aveiro escreveu um triste R.I.P. Beira-Mar, mas não acredito nisso. O Beira-Mar não morreu! Vai atravessar o deserto, vai voltar a defrontar adversários que provavelmente já nem convidava para jogos-treino mas não acabou.


A 2.ª Divisão distrital é o equivalente ao 5.º escalão do futebol nacional. Ou seja, se for bem gerido, em três anos o Beira-Mar pode voltar à 2.ª Liga, na qual estava pelos resultados desportivos. Não será fácil mas não é impossível, basta recordar o exemplo do Farense, que também caiu na 2ª Distrital (então o 6.º escalão) e foi escalando até voltar à 2.ª Liga, estando agora disposto a atacar o regresso à 1.ª Liga. Vai ser um caminho duro mas, de certeza, com muitos verdadeiros beiramarenses a apoiarem, o Beira vai voltar ao futebol profissional. É preciso não deixarem de acreditar nisso. Boa sorte Beira-Mar!