Bola na Área

<param name="src" value="http://www.youtube.com/v/s-jy1ESA7Q4?fs=1&hl=pt_BR" />

A imagem mais forte que tenho de Pôncio Monteiro é a de vê-lo a levantar um conhecido jornalista pelos colarinhos, no Estádio das Antas, reagindo a algo que tinha sido escrito sobre si. O dito cujo ficou a dar aos pés no ar. O antigo dirigente do FC Porto e da FPF que faleceu hoje, na sequência de um AVC, era assim: não mandava recados por ninguém, não materializava em capangas as suas pequenas fúrias. Tenho a sorte de ser amigo de quem é amigo também de Pôncio Monteiro. Confesso que nunca foi propriamente alguém que me entusiasmasse mas como acredito nos meus amigos sinto que o Pôncio da TV era alguém que usava uma máscara. Atrás dela estava um homem bom, com excelente espírito, sociável, obviamente portista 100 por cento e com ideías próprias. Sei que nem sempre concordou com Pinto da Costa e que nem por isso ganhou a inimizade e o desprezo de um presidente que costuma estar rodeado por lambe-botas que dizem sempre ámen. A morte de Pôncio Monteiro deixa o FC Porto sem uma das suas vozes mais contundentes e críticas e deixa os seus verdadeiro amigos muito tristes. Pôncio Monteiro, o homem que nunca quis ser presidente do FC Porto porque a sua inteligência depressa percebeu que é impossível alguém pisar esse solo sagrado enquanto Pinto da Costa estiver neste mundo. E mesmo quando estiver no “outro” quem lhe suceder irá ter de conviver todos os dias com o seu fantasma.

A partida de Pôncio Monteiro deixa o futebol português ainda mais pobre.

Quando todos pensavam que a primeira chicotada na Luz ia ser a de Jorge Jesus, eis que surge a notícia do despedimento sem justa causa da águia Vitória e do seu tratador.

O que se passou, afinal, entre a águia e o respectivo tratador e o Benfica?

BnA está em condições de afirmar que a famosa águia assinou contrato com o FC Porto e vai estar em lugar de destaque no museu do clube tripeiro, assinalando a última goleada por 5-0.

Quanto ao tratador do bicho, garantiu a Pinto da Costa que em breve terá completamente treinado um dragão de Komodo

…que passará a ser a grande atracção nos jogos do FCP em casa, isto sem qualquer intenção de usurpar o lagarto que o Sporting teima em não assumir.

BnA sabe também que o FC Porto está a tentar contratar o “Museu do Pão” para o catering do Dragão e que Pinto da Costa irá propor a Luís Filipe Vieira a categoria de sócio honorário (não confundir com honorários)

Confesso que os tiques de Mourinho de André Villas-Boas me irritam um bocadinho. Mas só um bocadinho porque o futebol é o que é e não pode ser levado muito a sério.

O treinador do FC Porto parece obcecado com a série de jogos sem perder de uma equipa que nos últimos jogos tem dado alguns sinais de desgaste. Ei-lo a atirar-se às canelas do completamente inofensivo presidente do Paços de Ferreira. Carlos Barbosa glosou apenas a invencibilidade portista ao afirmar que a sua equipa ia quebrá-la. Quem o conhece sabe que Barbosa não é fanfarrão nem gosto de fazer dos outros parvos, ao contrário do jovem príncipe de Florença que reina no Dragão.

A verdade é que a vida tem corrido boa ao Boas.

Espero sentadinho pelo dia em que o verniz vai estalar de vez.

Sobretudo para ver o que os acólitos do novo deus têm para dizer,

Como todos não sabem mas deviam saber, Jorge Máximo, comentador que dá o nome a um programa do prime-time da Benfica, é um notável taxista de Lisboa, onde os indígenas chamam “fogareiros” aos antigos carros pretos e verdes. O Benfica assume-se como clube do povo e dá a palavra ao povo. Está de parabéns por isso. Prefiro ver e ouvir o Jorge Taxista que propriamente um menino bem, um cantor pop, um emproado das sondagens, um realizador de cinema com poucos filmes para fazer ou um vereador do PSD que governa com o PS a opinarem sobre bola.

Quando Jorge Máximo aparece todos sabemos ao que vai.

O homem é Benfica, Benfica, Benfica.

Os assinantes da Meo estão, por isso, bem servidos. Não só têm acesso 24 horas à casa dos segredos como também têm as máximas do Máximo.

Confesso que tinha uma opinião desfavorável em relação à Benfica TV mas estava claramente a emprenhar pelos ouvidos.

Já não posso viver sem ela. Melhor, sem o Jorge Máximo. A vida não seria a mesma coisa…

Não vi o **** a andar de bicicleta mas estou a ver o Jacinto Paixão a estrear-se como comentador de arbitragem da Benfica TV.

Sobre o seu processo no Apito Dourado, disse o JP que não é o irmão de Reinaldo Teles:

“Foram penalizados os mais pobres”

“O que se passou é o que toda a gente fala”

“Sobre esse caso (frutinha para dormir) não vou falar porque tenho filhos em casa”

“Sou casado, tenho filhos, não é fácil de gerir”

“O JP não é nenhum coitadinho e quem cala consente”

“Mas isto caiu no mais pobre e o mais pobre é o Jacinto Paixão”

Jorge Máximo interrompe:

“Os motoristas de táxi têm pretas, amarelas, têm de tudo… Dizer que o JP foi com uma gaja é desconfortável para a vida familiar”

Retoma Jacinto:

“O JP nunca alinhou nisso (corrupção). Quanto ao outro assunto (prendas), não vou falar…”

 “Não sei o que o sr. António Garrido faz com o FC Porto. Mas sei que é sogro do Olegário Benquerença. Sei que ele acompanhava muito o FC Port

Hoje estive no ISMAI com dois velhos companheiros de estrada, o Carlos Machado (O Jogo) e o Carlos Pereira Santos (A Bola), participando num colóquio organizado pelos alunos do curso de jornalismo daquele instituto superior, sob o mote “desporto entre linhas”. Luís Humberto Marcos, o director do curso, que foi meu professor no centro de formação de jornalistas do Porto, fez as honras das casa e o Carlos Santos júnior deixou-me roubar um cartaz antes do início do colóquio, que começou às 14 horas e acabou duas horas e meia depois, com muitas perguntas, e algumas pertinentes, vindas da plateia, uma delas sobre a forma como eu trato da azia quando o Benfica perde (respondi dizendo que tomo uma pastilha azul). Também ficou provado que no jornalismo diário desportivo a rivalidade acaba na soleira da porta de cada jornal.

Foi um bom momento.